Senador Marcos Rogério explica por que pagou IPTU da casa própria com dinheiro público e aponta benefícios

O valor do imposto predial no Centro de Ji-Paraná era de R$ 224,81 e foi pago numa lotérica da cidade no dia 25 de maio. “O imóvel gera economia para o Senado”, garante o senador.

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Foto: Renato Spagnol

Não são apenas os boletos de água, luz e IPTU da casa própria que o senador da República Marcos Rogério paga com dinheiro público. Em visita à redação do Vilhena Notícias, nesta quarta-feira (5), ele revelou que usa da cota parlamentar para pagar também as contas de telefone do imóvel, que ele alega ser um de seus escritórios parlamentares no estado e que por isso os gastos devem ser restituídos pelo Senado.

O principal líder do DEM (Democratas) em Rondônia defende os gastos com o imóvel próprio, localizado na rua Dom Augusto, nº 1321, Centro de Ji-Paraná, e diz que “gera economia para o Senado”.

Em frente ao imóvel não há nenhuma identificação de que no local funciona um escritório parlamentar de um senador da República.

“Eu poderia alugar outro prédio e gerar um gasto de R$ 3 a R$ 4 mil por mês para o Senado somente com aluguel, mas como tenho aquele duplex decidi doá-lo para o mandato”, diz Marcos Rogério. Ele reforça que muitos parlamentas não têm escritório físico para atender o eleitorado, mas ele tem.

Para reforçar sua ideia de economia Marcos Rogério citou na entrevista um outro senador de Rondônia que gasta, segundo ele, R$ 6 mil por mês apenas com aluguel de um imóvel na cidade de Ji-Paraná. Como o político mencionado não foi ouvido o Vilhena Notícias não irá citar seu nome.

O senador tem outro escritório parlamentar, mas em Porto Velho, no bairro Embratel, no qual paga um aluguel de R$ 2.200,00.

IMPOSTO

O pedido de indenização feito pelo senador foi aprovado pelo serviço de Gestão da Ceaps, que encontrou alguma brecha jurídica para que um imposto de propriedade privada do próprio senador fosse pago pelo povo.

Marcos Rogério recebe de salário, em média, R$ 24.882,67, e curiosamente, também pagou o IPTU de seu escritório em Porto Velho por meio de verba indenizatória. No entanto, este imóvel é alugado e muitas vezes dentro do próprio contrato fica estabelecido o pagamento do imposto pelo inquilino, o que é justificável.