‘Ritmo lento nas obras’: Azul adia retomada de voos em Vilhena e outros dois aeroportos de RO

Por problemas estruturais nos aeroportos a Azul retirou, em março deste ano, todos os voos do interior do estado

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Foto: Renato Spagnol

Por causa do ritmo lento das obras de reestruturação do aeroporto Brigadeiro Camarão, de Vilhena, a Azul Linhas Aéreas, a única a operar com voos comerciais na cidade, decidiu adiar a retomada das operações no município. A decisão vale também para os aeroportos de Cacoal e Ji-Paraná, em Rondônia.

Por problemas estruturais nos aeroportos das três cidades a Azul retirou, em março deste ano, todos os voos do interior do estado. Segundo o diretor de relações institucionais da companhia, Marcelo Bento, em entrevista ao portal de notícias G1, o aeroporto de Vilhena tem hoje a melhor situação porque os problemas eram menores.

Obras no aeroporto Brigadeiro Camarão, em Vilhena.

“Vilhena já tinha o IFR para pouso por instrumento. O problema sério, há muito tempo, é que não tem cerca no padrão para uma operação segura da aeronave. Com o conserto da cerca até o fim de outubro, talvez a gente já pode programar os voos a partir de novembro”, diz.

A estimativa de retomada dos voos em Ji-Paraná é para dezembro, se o cronograma de reforma não atrasar. Já Cacoal a situação é mais crítica e a retomada das operações fica para fevereiro de 2021. A pista de pouso e decolagem tem buracos.

“Já temos problemas de longas datas em Cacoal, como falhas no pátio. Viemos trabalhando com o governo estadual desde 2019 [para que fossem feitos os reparos]. Se a gente opera com buracos nas pistas, corre o risco da aeronave afundar e assim precisar ser guinchada”, afirmou ao G1, o diretor Marcelo Bento.

O diretor afirma que a companhia tem muito interesse em reativar seus voos no interior do estado devido ao agronegócio. “Se dependesse da gente, já teríamos reativado as operações nessas três cidades”, diz.

Voos com jatos

A companhia planeja operar voos, após a conclusão das obras, com os jatos Embraer 195 (com capacidade para 120 passageiros) no aeroporto Brigadeiro Camarão. Dos aeroportos do interior, só Vilhena voava com o modelo ATR-72 e capacidade para transportar cerca de 70 passageiros.

Antes da pandemia da Covid-19, a companhia diz que os aeroportos das três cidades movimentavam cerca de 13.000 clientes ao mês.

Responsabilidade das obras

A manutenção dos aeroportos do interior do estado é de responsabilidade do governo de Rondônia, através do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER-RO).

A assessoria do governo no estado ainda não se manifestou sobre a decisão da Azul em adiar a retomada dos voos.

O Ministério Público Federal (MPF) acompanha a situação.

 

Fonte: Com informações do portal G1