Trabalhador autônomo apresenta pedido de cassação contra Marcos Cabeludo na Câmara

Autor da denúncia disse “que não é justo que a população pague o salário de um vereador que nem mesmo nas sessões da Câmara aparece”.

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Morador de Vilhena desde 1988, o trabalhador autônomo Valdecir Carlos protocolou na Câmara Municipal de Vereadores de Vilhena, na terça-feira, 11 de julho, o pedido de cassação contra o vereador Marcos Antônio de Albuquerque (PHS), o Marcos Cabeludo.

Em entrevista por telefone ao Vilhena Notícias, Valdecir disse “que não é justo que a população pague o salário de um vereador que nem mesmo nas sessões da Câmara aparece”.

Marcos Cabeludo tomou posse como vereador às 12h25 de terça-feira, 6 de junho, na sala da presidência da Câmara. Ele foi convocado pela Justiça Eleitoral após a cassação do mandato de Carmozino Alves (PSDC).

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Marcos e Carmozino foram presos e indiciados, juntamente com outros vereadores no ano passado pela Polícia Federal no curso da Operação Tropa de Choque, e denunciados pelo Ministério Público Estadual por crimes de corrupção. Em março deste ano o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJ/RO), determinou a soltura de todos os envolvidos no esquema, mas impôs medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e impedimento de frequentar órgãos públicos, com isso, mesmo tendo sido empossado, Marcos Cabeludo não pode participar das sessões legislativas. O processo corre na 1ª Vara Criminal de Vilhena.

O autor do pedido de cassação destaca ainda, que “por mais que a justiça não tenha ainda condenado ou absolvido Marcos Cabeludo, a sua prisão já é motivo para perda de mandato, pois envergonha a Câmara”.

“Nós como cidadãos temos que fazer alguma coisa para mudar essa classe política no Brasil, porque se a gente não se mexer e deixar de jeito que está, será cada vez pior”, pontua Valdecir.

A denúncia contra Marcos Cabeludo deverá ser lida em plenário e votada. Caso aceita, será criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para avaliar se houve quebra de decoro parlamentar e prática de atos de corrupção, além de conduta incompatível com dignidade da Câmara e como agentes públicos, previstos no artigo 66 do Regimento Interno da Câmara.

Na próxima terça-feira, 18, será realizada a 18ª sessão ordinária de 2017 e há a expectativa que a denúncia seja apresentada em plenário.

 

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FONTE: VILHENA NOTÍCIAS