Julgamento do caso Jéssica chega ao fim depois de quase 30 horas; veja decisão do júri

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Chega ao fim em Cerejeiras o julgamento do caso Jéssica Moreira Hernandes, 17, morta em abril do ano passado em um ‘teste de fidelidade’. No banco dos réus foram colocados Ismael José da Silva, namorado da vítima, e o primo dele, Diego de Sá Parente: acusados do crime.

Iniciado na manhã de quarta-feira (22) o julgamento seguiu até às 23h20 depois de serem ouvidas 11 testemunhas e o réu Ismael. Retomado às 9h25 desta quinta-feira (23) o júri formando por seis homens e uma mulher ouviu o réu Diego e logo depois começou a fase de debates entre acusação e defesa dos réus. Na denúncia, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) pediu a condenação de ambos os réus pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Em homicídio, o órgão pediu quatro qualificadoras: motivo torpe, feminicídio, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel.

Por fim, pouco depois das 23h foi lida a sentença de condenação: Ismael foi absolvido da acusação de homicídio triplamente qualificado, porém, foi condenado a um ano pelo crime de ocultação de cadáver e irá responder em liberdade. Ele ajudou o primo a desovar o corpo. 

Ismael falou com a imprensa e disse discordar da decisão. Ele alega inocência e afirma que irá recorrer da sentença.

Já Diego foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio qualificado e a um ano por ocultação de cadáver. O juiz Bruno Magalhães Ribeiro dos Santos negou a ele o direito de recorrer em liberdade.

A defesa de Diego também discorda do resultado e disse que irá recorrer.

Como Jéssica foi morta?

Jéssica foi a assassinada com golpes de faca após um suposto teste de fidelidade. A garota desapareceu depois de sair de casa de bicicleta no dia 20 de abril e foi encontrada morta no dia 24 do mesmo mês, na Linha 4, zona rural de Cerejeiras.

 

FONTE: Informações do G1
FOTO: Eliete Marques/G1