Andarilho é preso acusado de sequestrar a menina Lorrayne

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A menina Lorrayne Sarah da Silva já está em casa, sendo cuidada pela família. Contudo, nos últimos dias esteve na tutela de um andarilho, que provavelmente a ameaçava.

De acordo com informações da Polícia Civil, uma mulher que reside em Comodoro veio fazer compras em Vilhena e soube do desaparecimento de Lorrayne.

Ademais, esta mulher é proprietária de um pula-pula, que funciona numa Praça de Comodoro. Com isso, neste sábado, durante o trabalho, ela viu uma menina no local, que estava na companhia de um homem, e a reconheceu.

Ao observar que a criança era chamada pelo acusado, quando se distanciava, a mulher com discrição e cuidado, conseguiu falar com a criança. O homem não desconfiou, visto a aproximação da mulher com outras crianças, devido ao pula-pula.

Quando questionada se era de Vilhena, a menina confirmou e pediu pela mãe. Deste modo, a cidadã denunciou o caso, acionando a Polícia Militar. Ao ser interrogado, o acusado afirmou ser pai da menina.

Contudo, os policiais desconfiaram da versão dos fatos e encaminhou o caso a delegacia. Depois disso, agentes do Conselho Tutelar foram chamados e ao conversar com a menina descobriu que o tal homem não era o pai dela.

Com isso, a PM enviou as características da criança para a Delegacia de Policia Civil de Vilhena, que associaram as semelhanças com a desaparecida. Agentes do SEVIC (Serviço de Investigação e Captura), junto com a mãe Marta Ferreira da Silva, foram até a cidade de Comodoro.

A criança de fato era Lorrayne, desaparecida no dia 13 de maio. Ao chegar à delegacia, Marta encontrou sua filha dormindo. Ao acordá-la, Lorrayne reconheceu a mãe e as duas se abraçaram chorando. Houve uma comoção entre mãe, filha e policiais que presenciaram o episódio. Lorrayne usava uma camisa masculina, estava suja e com fome.

Segundo informações preliminares do SEVIC, a menina esteve em Vilhena até a última sexta-feira, 20 de maio, quando foi levada a Comodoro pelo suspeito, identificado como Ari Filho Terra.

Ari seria um andarilho, que por isso, não tinha residência fixa. Em Vilhena, Lorrayne ficou sob possível cárcere, numa casa ainda não localizada. Quando o acusado saía do local, deixava a criança amarrada.

O andarilho teria conduzido Lorrayne à cidade matogrossensse, por meio de bicicleta, a pé e até pedindo caronas. Porém, as investigações continuam, até serem solucionadas todas as dúvidas pertinentes ao caso. Ari está preso em Comodoro.

Fotos: Delegacia de Polícia Civil de Vilhena