Empresária suspeita de arranhar carro de professora se defende: “fui acusada injustamente”

“Minha intenção era criar o estacionamento e um espaço verde com grama e bancos para dar mais conforto, porém minha intenção foi frustrada por um gesto de intolerância”, lamenta a empresária.

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Professora diz que amassado na lataria teria sido feito pela empresária, que nega ação.

Uma empresária denunciada na polícia por suspeita de ter riscado o carro de uma professora após um desentendimento por causa de um estacionamento, nessa semana em Vilhena, nega a acusação e diz que está sofrendo “hostilidade e ódio” de algumas pessoas depois que o caso tomou as manchetes dos jornais na cidade.

A confusão aconteceu na rua Domingos Linhares, área central da cidade, na manhã de terça-feira, 28 de julho.

A professora deixou o carro parado na calçada do comércio e entrou na escola. Momentos depois a empresária foi até a escola e pediu que o carro fosse removido do local, pois segundo ela, a calçada estava sendo pintada. Mesmo a escola dispondo de estacionamento interno privativo, a professora recusou alegando que o veículo estava estacionado em local público. Logo em seguida, a servidora pública acionou a polícia alegando que o carro havia sido riscado.

Pregos teriam sido usados para fixar molduras em parede do estabelecimento comercial.

Um construtor de obras, que trabalha a poucos metros da escola, testemunhou que a comerciante foi na obra e pediu pregos.

“Realmente pedi pregos na obra, mas foram usados para fixar certificados e alvarás na parede do meu escritório, jamais cogitei a possibilidade de danificar o carro dela”, contou a empresária.

Ela explica que a área de estacionamento estava sinalizada com cones cheios de concreto devido a obra no local. A professora teria avançado por cima das barreias e arrastado uma delas. Marcas ficaram no pavimento. (Veja fotos do local.)

“Os cones estavam lá para garantir a segurança dos pintores, apenas por isso, e se o carro dela foi danificado, foi por ela mesma quando passou por cima dos cones”, aponta a empresária.

Em entrevista ao Vilhena Notícias, na sexta-feira, a empresária revelou que investiu pouco mais de R$ 10 mil para rebaixar a calçada e construir um estacionamento de uso público e regulamentado pelo município na frente do comércio. “Minha intenção era criar o estacionamento e um espaço verde com grama e bancos para dar mais conforto, porém minha intenção foi frustrada por um gesto de intolerância”. Agora, ela já solicitou um orçamento para elevar novamente a calçada de desfazer o serviço.

“Quem perde é a cidade, somos todos nós. Era um investimento privado para dar conforto e segurança ao cidadão”, lamenta a empresária. Ela confirmou que procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência contra a professora. Fotos, que segundo ela provam que o amassado no carro está na altura do cone foram entregues à polícia.