Nas últimas duas semanas, mais especificamente, a partir do dia 12 de setembro, se intensificaram as variações de energia em Vilhena. Poucos dias depois tamém se iniciaram os apagões de energia constantes que estão acontecendo em vários bairros da cidade, todos os dias.
O mais interessante é que neste mesmo dia, 12 de setembro, o prefeito Eduardo Japonês (PV), após intensa discussão na Câmara de Vereadores retirou o projeto de lei para autorizar o parcelamento da dívida do município com a Energisa que era de R$ 87 milhões e foi para R$ 42,1 milhões, que seriam pagos, inicialmente no fim de setembro, em quatro parcelas de R$ 130,6 mil, e a partir de 2020, a prefeitura pagaria 218 parcelas de R$ 190,9 mil.
A dívida do município com a fornecedora de energia tem 26 anos, e é decorrente do não pagamento, por certo período, da energia fornecida para a iluminação pública e órgãos públicos como escolas, postos de saúde e secretarias.
Na oportunidade, o vereador Samir Ali (PSDB) entendeu que o parcelamento deveria ser melhor explicado, tanto pela prefeitura como pela empresa, já que parte da dívida poderia estar prescrita, e valor a ser cobrado poderia ser bem mais baixo, segundo alguns advogados. Por duas vezes, o vereador pediu que a votação fosse prorrogada na pauta da Câmara, por fim, no dia 12 de setembro, o prefeito de certa forma irritado, retirou o projeto, que agora deverá entrar em pauta até o fim do ano.
E desde então, Vilhena vem sofrendo dezenas e dezenas de apagões, todos os dias. Na noite desta sexta-feira, 21 de setembro, uma certa parcela deles foi causado por arvores caídas após um rápido temporal, que aconteceu às 17h30. No entanto, outros não tiveram explicações.
Toda situação provavelmente não se trata de uma retaliação, mas é uma coincidência muito grande. O VILHENA NOTÍCIAS ligou para pelo menos cinco pessoas em cidades do conesul, para saber como estava a energia nesses municípios, e todos foram unanimes em afirmar que não havia acontecido apagões recentemente.
O site então buscou informações em Cacoal e Ji-Paraná, ninguém por lá tinha reclamado de variações, somente do preço abusivo cobrado pela energia, segundo os entrevistados.
O OUTRO LADO
A Energisa por sua vez soltou nota dizendo que, o problema da variação de energia e apagões, em suma, seria porque haveria tido gastos muito pequenos com manutenção das redes elétricas, quando a empresa era da Eletrobras/Ceron.
No entanto, a população questiona pela redes sociais, que antigamente, mesmo com investimento baixo em manutenção não havia apagões e a qualidade de energia que chegava nas casas era bem melhor.
É importante salientar, que praticamente todos os municípios de Rondônia, já renegociaram suas dívidas com a Energisa, e já estão pagando o parcelamento.
