Justiça condena médico que aplicou medicação abortiva na namorada para não pagar pensão alimentícia, em RO

Jovem relatou à polícia que foi sedada e medicada contra a própria vontade em Ariquemes (RO). Homem foi condenado a 8 anos e 6 meses de reclusão, sem o direito de recorrer em liberdade.

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A Justiça de Rondônia condenou o médico que aplicou uma medicação abortiva na namorada sem o consentimento dela. O julgamento aconteceu na segunda-feira (22) e o homem foi condenado a 8 anos e 6 meses de reclusão, sem o direito de recorrer em liberdade.

O crime aconteceu em fevereiro de 2020 em Ariquemes (RO). A mulher estava grávida de nove semanas e a morte do feto foi confirmada dois dias depois pela Delegacia de Homicídios da cidade.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MP-RO) aponta que o médico sedou a jovem e “introduziu” três comprimidos abortivos nela sem o consentimento. Segundo apontado pela decisão, ele cometeu o crime porque não queria pagar pensão alimentícia.

No dia 18 de fevereiro de 2020, a jovem de 21 anos procurou a delegacia e denunciou o namorado por ter aplicado um medicamento abortivo sem sua permissão.

A vítima também contou à polícia que acordou minutos após ser dopada e percebeu que estava sangrando nas partes íntimas. O namorado teria se recusado a levá-la embora. “Ele disse que a medicação era para meu próprio bem”, afirmou a mulher em depoimento.

Ele chegou a ser identificado e preso no dia seguinte ao crime, mas pagou fiança e foi liberado para responder o processo em liberdade. Em setembro do mesmo ano ele foi preso pela segunda vez após a conclusão do inquérito. A Justiça não concedeu a ele o direito de recorrer em liberdade.

FONTE: G1/RO