Internautas reclamam de falta de cuidado em leituras de água nos hidrômetros; SAAE defende leituristas

SAAE saiu em defesa dos responsáveis pelas leituras e encaminhou diversas fotos e vídeos de situações do dia a dia dos leituristas, que teve até mordida de cachorro.

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Na semana passada, diversos internautas publicaram manifestações de descontentamento com o serviço de leitura de hidrômetros do SAAE de Vilhena. Segundo os internautas, os leituristas, como são chamados, passam com as motocicletas por cima da grama de algumas residências e pelas calçadas, prejudicando o desenvolvimento das plantas e sujando o trajeto de entrada das casas.

Bastou a publicação de um caso para que diversas pessoas que dizem passar pelo mesmo problema, passassem a relatar casos semelhantes. Algumas pessoas mencionaram que os leituristas abrem a tampa do hidrômetro com o pé e muitas vezes deixam o aparelho aberto, além de sujar de barro quando há chuvas recentes.

Procurado pela reportagem do Jornal de Rondônia, o SAAE saiu em defesa dos responsáveis pelas leituras e encaminhou diversas fotos e vídeos de situações do dia a dia dos leituristas, que teve até mordida de cachorro. Segundo o diretor do órgão, Rogério Araújo Lima, que admitiu alguns dos casos, existe um “outro lado da história”, que justificaria os ocorridos.

Segundo ele, há diversos fatores que contribuem para essa situação. O primeiro é o risco de animais perigosos, como cachorros, que podem sair dos quintais e agredir os servidores. Há casos em que cercas de madeira estão soltas e o risco é eminente. “Como alguém vai correr o risco de ser mordido para fazer uma leitura?”, por isso eles usam o pé e não descem das motocicletas. Assim eles podem se proteger e sair do local mais rápido, se necessário.

Outra justificativa é que durante o período das chuvas, existem muitos moluscos, como caracóis e lesmas, além de baratas e outros insetos como aranhas, que também oferecem riscos aos leituristas.

Quanto a “passar por cima das calçadas”, o diretor disse que realmente eles buscam evitar esse tipo de atitude, mas, que pela quantidade de residências na cidade e os riscos envolvidos, é difícil controlar todas as situações. Para Rogério, funcionário de carreira do SAAE, esses são problemas pontuais que eles buscam corrigir sempre que há reuniões com os leituristas. Ele citou ainda, que a empresa de Correios e a Energisa fazem os mesmos procedimentos e mantém cuidados semelhantes aos dos servidores do SAAE.

 

Por: Paulo Mendes DRT/1442