França Silva diz que governador quer falir Vilhena, ao mandar comércio fechar

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A indignação do vereador França Silva, se deu após o Governo de Rondônia publicar a Portaria de número 11, na última segunda-feira (29), e incluir Vilhena na lista de municípios que devem voltar à fase 01 do Plano de Enfrentamento à Covid-19, que estabelece que apenas serviços essenciais funcionem.

Conforme a Portaria, o fechamento dos comércios que não estão incluídos como serviços essenciais, deveriam fechar as portas a partir de hoje e assim permanecer por 14 dias. No entanto, ao incluiu Vilhena na lista, com base na divisão de duas macrorregiões que o Governo dividiu o estado para enfrentar a pandemia, a maior cidade do Cone Sul está sendo prejudicada.

A reportagem do Correio Rondoniense falou com o vereador França Silva por telefone, que foi enfático ao afirmar que a realidade de Vilhena não é como governo estadual pensa. “O governador não conhece a nossa realidade e quer meter o bedelho aqui, estamos longe de atingir a ocupação de 80% dos leitos destinados aos pacientes com a covid-19 e nossos profissionais da saúde tem se desdobrado para atender todos os casos. Eles estão de parabéns”, declarou França.

Conforme o decreto estadual e municipal, o fechamento dos comércios deveria ocorrer apenas quando a ocupação dos leitos atingissem 80%. No último boletim divulgado pela Prefeitura, Vilhena ainda estava em 36,8%, bem abaixo do previsto.

França é o representante do legislativo municipal no Comitê de Enfrentamento à Covid-19 e conhece bem a situação de Vilhena e da evolução dos casos. “O Comitê e o prefeito são contra essa medida, do senhor Governador Marcos Rocha, que esta penalizando os comerciantes que estão cumprindo todas as recomendações impostas pelo município que é o uso de mascara dentro dos comércios, tanto funcionários como clientes, e a disponibilidade de álcool em gel”, pontuou.

Outra preocupação do vereador é quanto ao impacto que isso pode provocar diretamente ao vilhenense. Se os comércios fecharem, os empresários podem enfrentar dificuldades financeiras e como consequência o funcionário pode perder o emprego.
A situação é acompanhada de perto por França, que nesta manhã já falou com o prefeito Eduardo Japonês a respeito dessa medida extrema do governo estadual. Uma videoconferência entre prefeitos do interior e o governador Marcos Rocha deve ser realizada, a fim de chegarem a um consenso.