Emerson Cioffi, ex-presidente da Comissão de Licitações da prefeitura de Vilhena, é preso em operação da PF

Irmão foi preso em Porto Velho

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O ex-presidente da Comissão de Licitações da prefeitura de Vilhena, Emerson Santos Cioffi, está entre os presos das operações “Escravos de Jó” e “Ilicitações” deflagradas esta quarta-feira (30) de manhã pela Polícia Federal. Outro preso na ação é Flávio Cioffi Junior, servidor do Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO). Ele é irmão de Emerson e foi preso em Porto Velho, onde a operação também foi desencadeada. A prisão dos dois é temporária, informou a PF.

Iniciada em 2015, a operação “Escravos de Jó”, busca coibir crimes de corrupção no Estado de Rondônia, em razão de irregularidades ocorridas na prestação de serviço de transporte escolar no âmbito da Prefeitura Municipal de Vilhena, cujas contratações foram subsidiadas com recursos federais dos programas PNAE, PEJA e FUNDEB.

Logo pela manhã agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão sede das empresas BUENO TUR e BIASI TURISMO. Segundo a PF, a investigação constatou o conluio entre as empresas, juntamente com servidores públicos municipais nos anos de 2010 a 2016, para fraudar o caráter competitivo da licitação, superfaturar o contrato e realizar pagamento de propina. Emerson Santos Cioffi foi presidente da Comissão de Licitações no período investigado.

O ex-presidente da CPL já foi preso pela PF, mas depois liberado por ordem do TRF1, em 05 de dezembro de 2016 na “Operação Napentes”.

A “Ilicitação” começou em 2016 e teve como ponto de partida o compartilhamento das informações bancárias colhidas no âmbito de inquérito policial de 2012, sendo constatado que a empresa J. Rodrigues da Costa estaria sendo utilizada pelo ex-presidente da Comissão de Licitação para movimentar bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crimes contra a Administração Pública.

Segundo as investigações, os integrantes da organização criminosa utilizaram suas contas bancárias pessoais e das empresas J. Rodrigues da Costa, período 2009-2015, e da empresa Emerson Santos Cioffi – Assessoria ME, período 2015 até a presente data para movimentar valores recebidos a título de vantagem indevida/propina de diversas empresas vencedoras de licitação oriunda de verba federal.