Defesa de Ramira Gomes da Silva, 22 anos, denunciada por homicídio triplamente qualificado do filho Brayan da Silva, de quatro meses de idade, e ocultação de cadáver, recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para que seja instaurado incidente de insanidade mental (LEIA AQUI).
No TJMT, o desembargador Paulo da Cunhar, relator, indeferiu liminar. “A questão debatida na presente impetração (instauração de exame de insanidade mental) é complexa e exige a apreciação diretamente pelo Colegiado, razão porque, por ora, indefiro o pedido de liminar”, decidiu.
Conforme defesa, o pedido de instauração do incidente de insanidade mental tem como base prova testemunhal. Há relato informando que Ramira sofreu depressão pós-parto. Depoimento afirmou ainda que a acusada presenciou o pai assassinar a ex-companheira.
“A mera caracterização de indícios já corrobora a necessidade de instauração de incidente de insanidade mental, tanto para evitar futuras nulidades no processo, quanto para proporcionar melhor tratamento para o indivíduo acometido com doença mental”, afirma defesa.
Pedido aguarda julgamento colegiado.
CASO:
Em maio deste ano, Ramira Gomes da Silva, 22 anos, foi presa em Porto Velho dentro de uma embarcação tentando fugir para Manaus após matar e enterrar o próprio filho de apenas quatro meses, Brian. A criança teve partes do corpo cortadas antes de ser enterrada no quintal de uma residência localizada no município de Sorriso (MT).
A mulher que foi presa em Porto Velho tentando fugir para Manaus, confessou na delegacia que foi a autora do caso e mudou a versão de que enterrou a criança com medo de ser descoberta pela polícia.
LEIA TAMBÉM: Mulher que matou e enterrou filho no MT e foi presa em RO, sofre ameaças de morte
A principal hipótese é de que ela arremessou a criança contra um tanque de lavar roupas (havia marcas de sangue no local) e depois ela teria cortado mãos e pés do bebê e jogado no ralo do banheiro. Em seguida ela cavou uma cova rasa, num lugar próximo a casinha do cachorro e depois enterrou o filho lá. O crime só foi descoberto porque o cão da raça pit bull acabou cavando o local e encontrou o corpo.