Em depoimento, mulher que foi presa em RO confessa ter matado e enterrado o filho no MT

O crime só foi descoberto porque o cão da raça pit bull acabou escavando o local e encontrado o corpo

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A Polícia Civil do município de Sorriso (distante 740km de Cuiabá) está em fase de conclusão do inquérito do caso Brian, bebê de quatro meses que foi morto pela própria mãe e teve os membros cortados antes de ser enterrado. Na tarde de sexta-feira (21), a mãe da criança, identificada como Ramira Nunes, 22 anos, que até então era suspeita do crime, confessou a morte do filho em depoimento que durou pouco mais de 3 horas.

O delegado do caso, José Getúlio Daniel, disse que a mulher foi presa em Rondônia, tentando ir para Manaus. No caminho de volta, ela foi trazida no camburão da viatura e no último trecho ela foi colocada no banco de trás do carro.

Segundo informações obtidas pelo site Olhar Direto, ela chorou no caminho e disse que estava arrependida. Na delegacia, ao prestar depoimento, a mulher confirmou que foi a autora do caso e mudou a versão de que enterrou a criança com medo de ser descoberta pela polícia.

O delegado ainda não atendeu a imprensa para falar os detalhes do depoimento da mulher, mas as investigações preliminares apontam que ela teria matado a criança possivelmente com golpes na cabeça e depois cortou os membros.

A principal hipótese é de que ela arremessou a criança contra um tanque de lavar roupas (havia marcas de sangue no local) e depois ela teria cortado mãos e pés do bebê e jogado no ralo do banheiro. Em seguida ela cavou uma cova rasa, num lugar próximo a casinha do cachorro e depois enterrou o filho lá.

O crime só foi descoberto porque o cão da raça pit bull acabou escavando o local e encontrado o corpo. Uma vizinha viu quando o animal andava pela casa carregando o corpo do bebê na boca. Nesse momento a mulher já tinha fugido do local.

Ela teria se desfeito da criança para começar um relacionamento amoroso fora de Mato Grosso. O motivo da morte ainda é desconhecido, mas sabe-se que a futura companheira de Ramira não tem nada a ver com o acontecido.

Em dia de investigação pela casa, conforme foi mostrado pela TV Cidade Verde, o delegado José Getúlio disse que jamais tinha trabalhado num caso com tamanha crueldade. A autoridade policial chegou a benzer o corpo quando saiu da casa.

Por enquanto, mesmo com a confirmação da morte, a assassina ainda segue custodiada em Sorriso, porém ela deve ser encaminhada para Cuiabá, onde deve ficar presa no Presídio Ana Maria do Couto May, no bairro Pascoal Ramos.

O inquérito do caso será concluído na próxima terça-feira (25) e ela deverá ser autuada por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, tentativa de fuga e falsificação ideológica, tendo em vista que ela já estava em busca de documentos falsos para se passar por outra pessoa em outro estado.

FONTE: OLHAR DIRETO