INCOMODOU: Ceará do Assosete é cercado e “convidado a sair” de caminhada pacífica de servidores

“Vai queimar o nosso filme”, teriam dito os servidores que pediram para Ceará se retirar

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Foto: Internauta

O líder comunitário Ivan Bezerra de França, o popular “Ceará do Assossete”, tentou se infiltrar na manifestação dos servidores públicos municipais de Vilhena na manhã desta quinta-feira (5) e foi expulso. Ele é opositor declarado do prefeito Eduardo Japonês (PV), mas sua presença não foi bem aceita pelos manifestantes.

Um grupo de mais de 100 servidores se preparava para sair em caminhada pelas principais avenidas do Centro, quando o líder comunitário apareceu em meio à multidão. De acordo com os manifestantes, Ceará teria pensado que a passeata era contra a pessoa do prefeito e tentou se infiltrar no meio. Ainda segundo os manifestantes, o líder comunitário chegou a pegar uma bandeirinha do Sindsul (Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia), organizador da manifestação, e posar para fotos, mas logo foi mal visto pelos presentes.

Um dos servidores, percebendo o mal-estar criado na concentração do grupo, foi até o Ceará e o “aconselhou” a sair do local. Em contato com a reportagem o servidor esclareceu o incidente:

A questão é pela postura do [Ceará], não estamos lutando por polêmicas, e tão pouco paara fazer politicagem e Vilhena em peso sabe a postura desse cidadão, que pra mim não tem credibilidade alguma e não soma em nada em nosso meio, estamos lutando com ética e ordem por uma causa justa. [A presença dele] gerou incomodo sim, pois queremos pessoas que possa somar em nossa causa e não apenas em aparecer, [ele é] uma pessoa que iria colocar em cheque nossa luta perante a sociedade.

Depois de ser solicitada sua saída, Ceará ainda ficou na praça por alguns instantes, mas, antes de a Polícia Militar chegar para escoltar o grupo, foi embora e não retornou nem chegou a participar do movimento, que era destinado exclusivamente a servidores municipais.

A caminhada, assim, aconteceu normalmente, reunindo 110 servidores das secretarias municipais de Obras, Saúde e Agricultura. Atualmente a Prefeitura tem 2.145 servidores efetivos e, segundo sua assessoria, nenhuma das secretarias paralisou suas atividades totalmente. Alguns atrasos estão sendo registrados no atendimento em Saúde e as ações da Obras sofreram diminuição. O prefeito Eduardo Japonês retorna de viagem nesta sexta-feira e espera-se que em reunião com o sindicato e vereadores, um acordo possa ser feito.

A reportagem tentou contato com o líder comunitário para que ele comentasse o caso, mas não obteve retorno até o momento.