Polícia indicia quatro da mesma família por tentativa de assassinato em Vilhena

Crime foi motivado por vingança, aponta polícia.

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(Foto: Renato Spagnol)

Polícia Civil de Vilhena indicia quatro homens envolvidos na tentativa de assassinato do prestador de serviços gerais Adão Carlos Ribeiro, de 39 anos. O inquérito foi concluído essa semana pelo delegado Nubio Lopes de Oliveira, os acusados Paulo Morais Neves, Nilton César Ribeiro Neves, Raphael Ranmses Joás Neves e Manasses Ribeiro Neves irão responder por homicídio tentado privilegiado, entenda aqui.

Adão foi espancado em uma via pública do setor Alto Alegre na madrugada do dia 5 de outubro deste ano, em Vilhena, e teve parte do crânio esmagado por um bloco de concreto. Segundo a polícia, a vítima estava imobilizada no solo quando Paulo Morais jogou de uma altura aproximada de um metro o bloco de cimento sobre a cabeça do homem. Adão foi levado em estado grave ao Hospital Regional e depois transferido para Cacoal e sobreviveu.  Os quatro indiciados irão responder ao processo em liberdade.

Vingança

O crime praticado contra o trabalhador de serviços gerais foi motivado por vingança. Os investigadores da Polícia Civil apuraram que por volta das 20h40 do dia 4 de outubro, aproximadamente quatro horas antes de sofrer o atentado, Adão esteve no bar Itaúba, localizado na rua 908, esquina com a avenida Paraná, e após uma briga esfaqueou e matou Oziel Ribeiro Neves, 40 anos, parente dos agressores. “Dos quatro indiciados três são irmãos do Oziel e um é sobrinho”, frisa o delegado Oliveira.

A faca usada no crime foi encontrada pela polícia em uma rua que fica próxima do bar.

A caçada

Nas horas que sucederam à morte de Oziel os parentes dele deram início à caçada. Adão foi procurado em sua casa. Os quatros homens estiveram lá e invadiram o imóvel depois de arrombar a porta, porém, Adão conseguiu correr para a rua até que foi alcançado e espancado.

Segundo a polícia, a identificação dos agressores foi possível devido a duas situações: a primeira é que os acusados estiveram no bar na noite do dia 4 e disseram para várias pessoas que matariam o responsável pela morte de Oziel, e, os investigadores tiveram acesso a imagens de câmeras de segurança que mostram os quatro suspeitos atacando a vítima.

Fugiu do hospital

Adão recebeu voz de prisão pela morte de Oziel ainda em um leito do Hospital Regional em Vilhena, mas como seu quadro era grave a equipe médica decidiu transferi-lo para a unidade EURO em Cacoal. Lá, Adão ficou internado até sua recuperação e sumiu do hospital após receber alta. Ele tem prisão preventiva decretada e está foragido da Justiça.