Enteada é suspeita de arquitetar morte do padrasto em Vilhena

Ela e o marido estão foragidos.

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A delegacia de homicídios de Vilhena confirmou à reportagem do Vilhena Notícias nesta sexta-feira (31) que Jean Carlos Tavares Brunelli, a pedido da esposa Rafaeli Feliz de Souza, matou a tiros o chacareiro Valdir da Silva Guimarães, 40, na noite de sábado, 14 de julho, deste ano. O casal está foragido e o crime aconteceu na chácara 43 da Linha 140, em Vilhena.

A polícia chegou à identidade dos suspeitos a partir de informações passadas pela própria vítima antes de morrer, a um irmão. Depois de ser alvejado por quatro vezes, o sitiante ligou para um irmão que reside em Jaru e disse que tinha sido baleado e que o autor do crime era Jean, esposo de sua enteada, Rafaeli de Souza.

A trama

Segundo o delegado que investigou o caso, Nubio Lopes de Oliveira, cerca de dois meses antes, durante uma confraternização de Dia das Mães na chácara, Rafaeli discutiu e agrediu o padrasto com um chute. Durante a gritaria Jean teria sacado um revólver e feito disparos para o alto a fim de cessar a discussão. Para a polícia, após esse episódio o casal deu início ao plano para matar Valdir.

No dia da morte, Rafaeli descobriu que sua mãe não dormiria na chácara com o padrasto e que ele estaria sozinho. “Quando a Rafaeli soube que o padrasto estaria sozinho dormindo na casa e, ainda bêbado, ela chamou o marido para ir a uma festa e convidou o Bruno, filho da vítima, para ir junto”, declarou Nubio.

O convite ao filho da vítima, segundo a polícia, era para servir como álibi. “Durante a confraternização a Rafaeli pegou uma moto emprestada de uma pessoa que estava na festa e chamou Jean para sair com a desculpa que iria comprar cigarros. Passado algum tempo os dois voltaram à festa e, a família recebeu uma chamada, era o irmão do Valdir dizendo que ele tinha sido baleado e estava morrendo, a partir daí a família aciona a polícia e vai até a chácara e encontra o corpo da vítima já sem vida caído na sala”, detalhou o delegado.

Depoimentos

Após o crime o casal prestou depoimento na delegacia e a polícia já havia recebido a informação que Jean era o principal suspeito. Ao delegado ele usou Bruno como álibi. “No depoimento o Jean disse que estava com o filho da vítima no momento do crime e negou ter atirado no Valdir, entretanto, o Bruno foi ouvido e disse que o casal deixou a festa

Jean Carlos Tavares Brunelli foto: Divulgação da Polícia Civil

naquela noite de demorou a voltar”, frisou Nubio Lopes.

A partir das informações a polícia conseguiu apurar que o casal saiu da festa e foi até a casa do chacareiro para mata-lo. Para o delegado não resta dúvida que Rafaeli incitou o marido a matar o padrasto. Contra eles a Justiça expediu mandados de prisão preventiva. Jean é acusado de invadir a casa e atirar na vítima. Os dois foram indiciados e irão responder por homicídio qualificado.

Vítima cumpria pena

Segundo a Polícia Civil Valdir da Silva Guimarães cumpria no Brasil, pena por um crime cometido em Portugal. A polícia não informou o delito cometido por ele no exterior, mas disse que a vítima fazia uso de tornozeleira eletrônica e cumpria pena em regime semiaberto.

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