Mulher descobre câncer avançado após médico dizer que era ‘gordura’ e mandar emagrecer

Edileny Mayre de Oliveira, 46 anos, precisou tirar os dois seios por conta da doença.

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Foto: Reprodução

Em 2019, Edileny Mayre de Oliveira, 46 anos, procurou um médico num posto de saúde de Cuiabá ao sentir um caroço no seio direito e fortes dores. O profissional solicitou diversos exames, mas acabou dizendo que era “gordura” e que a mulher precisava emagrecer. Por causa desse “diagnóstico”, o caso se transformou em um pesadelo.

Pouco mais de três meses depois, já em 2020, ela acabou recebendo diagnóstico de câncer de mama. Devido ao erro médico, ela segue em tratamento até hoje e já precisou retirar as duas mamas. Edileny contou ao repórter MT que o médico, inicialmente, disse para não se preocupar e recomendou exames de mamografia e ultrassom. Ela fez os dois e, ao mostrar o resultado, ele disse ser “gordura”. Mesmo que fosse isso, ela pediu para retirar o nódulo, já que a incomodava.

“Ele falou que se eu tirasse ia ficar cicatriz no seio”, relata.

O médico deu um remédio para as dores que Edileny sentia e ela tomou por vários meses. Mas com isso, um dos seios acabou crescendo muito e ela voltou ao mesmo médico, que a encaminhou a um especialista. Já em 2020, ao consultar um mastologista, Edileny descobriu que teria que tirar um dos seios, já que havia sido diagnosticada com câncer de mama.

“Ele tirou tudo, comecei a fazer quimioterapia e na sétima sessão apareceu um nódulo no outro peito”, explica.

Para fazer uma segunda biópsia, Edileny pediu ajuda financeira para amigos, começou a fazer comida para vender e conseguir custear o exame. O resultado apontou que o câncer já tinha se espalhado para outros órgãos e ela acabou tendo que tirar outro seio também.

A mulher diz que toda noite chora junto com os filhos.

“Eles ficam com medo, querendo saber porque está acontecendo tudo isso com a mãe deles. Também choro, pois, às vezes eles me pedem para pegar um brinquedo ou algo que está em cima do guarda-roupas e eu não consigo”, lamenta.

Edileny pensa em processar o médico e conseguir uma indenização, mas ainda não formalizou denúncia.