Membro do MPA de Rondônia completa 10 dias em greve de fome contra a Reforma da Previdência

Grupo de militantes estão nas dependências da Câmara dos Deputados.

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A coordenadora regional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) em Ariquemes Leila Denise completou nessa quinta-feira, 14 de dezembro, o 10º dia da greve de fome contra a Reforma da Previdência, que está em tramitação no Congresso Nacional. Ela e outros militantes que também aderiram à greve estão nas dependências da Câmara dos Deputados, em Brasília.

“É preciso que algumas pessoas passem fome por alguns dias para que a população toda não passe fome a vida inteira, este é o lema da greve de fome”, explicou Aparecido Dias de Oliveira, coordenador do MPA no Cone Sul de Rondônia.

Cido, como costuma ser chamado, esteve no Vilhena Notícias na tarde da quarta-feira, 13 de dezembro, e relatou que na região cerca de 600 pessoas fazem parte do movimento, que tem como objetivo garantir melhorias aos camponeses. De acordo com ele, a Reforma da Previdência atingirá não somente o trabalhador rural, mas todos os trabalhadores. O principal objetivo da greve de fome é pressionar os parlamentares para que votem contra a reforma.

“Nós percebemos que só com as manifestações de rua não tem dado resultado, mas junto com os companheiros que estão lá, fazendo esse sacrifício, esperamos que eles tenham coração e comece a pensar e enterre essa questão da reforma da previdência social”, declarou Cido.

Um dos pontos em que o MPA é contrário na reforma é o da contribuição mensal. Segundo Cido, alguns agricultores não vão conseguir contribuir em dia.

“Aqui na nossa região têm os agricultores de leite, esses podem até pagar no final do mês, apura um pouco mais ele paga, e aqueles que só tem a colheita que é final de ano? Ou seja, ele vai ficar sem contribuir e vai ficar fora da previdência”, disse.

De acordo com Cido, os agricultores já contribuem para a previdência através dos impostos. Com a contribuição mensal ele afirma que vão continuar pagando o valor embutido nos impostos mais a contribuição que será individual, ou seja, cada membro da família terá que contribuir.

Para Cido, se a proposta for aprovada os camponeses vão ser prejudicados intensamente.

“Nós somos contra, porque seria um massacre para os camponeses. Imagina um trabalhador rural que viveu a vida toda no campo, trabalhando pesado, chegar aos 65 anos e não conseguir se aposentar porque não manteve a contribuição em dia, é complicado”, defendeu.

No Cone Sul, o movimento pretende realizar mais manifestações nas Câmara de Vereadores das cidades nas próximas semanas. Em outras cidades do estado, onde há deputados federais e senadores também haverá manifestações.

Membro do MPA de Rondônia completa 10 dias em greve de fome contra a Reforma da Previdência

MPA em Colorado do Oeste

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Militantes do MPA fazem greve de fome contra a Reforma da Previdência

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Coordenador do MPA na região do Cone Sul de Rondônia

 

FONTE: Vilhena Notícias