A Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Peabiru iniciaram, em abril, o projeto “Te Sai Covid”. A expressão tipicamente amazônica “te sai”, que significa mandar para longe alguma coisa, revela o objetivo de um plano de ação e comunicação coletivo: apresentar a importância da adoção de hábitos de higiene para mandar para bem longe o risco de contaminação pelo novo coronavírus. O “Te Sai Covid” vem sendo implementado em três municípios da região Norte: Manaus, no Amazonas, Gurupá e Belém, no Pará. De acordo com a especialista em Comunicação da Unicef Brasil e coordenadora do projeto, Ida Pietricovsky, esta é uma ação com ” troca de experiências e debates comunitários com o intuito de se entender o contexto local e suas relações com a pandemia, suas famílias e seus pares”
Os participantes do projeto são chamados de agentes de mudança. São jovens, adolescentes, pais, lideranças comunitárias e professores. Essas pessoas atuam diretamente desenvolvendo ações de comunicação por redes sociais, websites, rádios e whatsapp, produzindo vídeos, cards, memes, quadrinhos e músicas. Tudo para informar sobre a importância dos hábitos de higiene na pandemia. Jovens são formados como agentes de mudança Imagem: Divulgação Unicef O projeto é organizado sob dois aspectos, o interpessoal e o de campanha. Na parte interpessoal, os agentes de mudança promovem uma rede de diálogos virtuais e presenciais abordando as medidas de prevenção contra a covid-19.
Nesta iniciativa, 500 pessoas foram alcançadas integrando o projeto nos três municípios. Na campanha, o foco é direcionado para as redes sociais. Com menos de dois meses, houve alcance de 3,6 milhões de pessoas e mais de quatro mil engajamentos. No entanto, a campanha segue e há expectativa de que esse número chegue a 5 milhões nos próximos meses.
O monitoramento de toda a iniciativa ocorre de forma virtual e presencial por diálogos com os agentes de mudança em seus municípios, seguindo os protocolos sanitários da pandemia. Há também contato via aplicativo de mensagem e relatórios dos parceiros locais. “Entender as questões que impedem ou dificultam a adoção de práticas de prevenção à covid-19 foi absolutamente importante, pois está orientando todas as nossas estratégias de diálogo com o público mais jovem, que começa a ser diretamente impactado pela pandemia”, explica a coordenadora do projeto.
Além disso, ela ressalta que outro aspecto importante é identificar formas inovadoras para dialogar com adolescentes e jovens para gerar maior engajamento e aderência à iniciativa no contexto da pandemia. Para ver o conteúdo produzido pelos agentes de mudança, acesse o perfil do Instituto Peabiru no Instragam
FONTE: Gabriel Ferreira, Colaboração para o Ecoa, em Manaus
