Ações contra a dengue colocam Vilhena em patamar positivo histórico no combate à doença

Cidade tem o menor índice de casos dos últimos 10 anos: Prefeitura divulga campanha

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Vilhena trava uma dura luta contra a dengue nos últimos anos, no entanto, em 2019 a cidade atingiu um patamar histórico no combate à doença: atualmente temos o menor número de casos registrados da última década, após registrar queda de 99% de 2010 para cá.

De acordo com a coordenadora da rede de saúde da Atenção Básica do município, Ana Carla Andreola, a Prefeitura tem feito muitos esforços com ações já executadas todos os anos, bem como intensificado programas de conscientização para vários públicos em relação ao combate à dengue.

“Atualmente fazemos o mapeamento das chácaras devido ao aumento de locais habitados, visita e vistoria em empresas (principalmente cerealistas), trabalho em escolas (fiscalização e ações educativas), palestras, orientações a servidores da Prefeitura, fumacê próximo a casos positivos de dengue para não estourar epidemia, visto que ele pode agredir o Meio Ambiente caso seja usado de forma indiscriminada. São muitas atividades que mobilizam muitos servidores”, revela Ana.

ACIMA DA MÉDIA – O reflexo do trabalho já realizado pode ser visto nos dados de casos notificados e confirmados de dengue no município. De 2010 para cá o número de casos caiu 99%, saindo de 1.168 para apenas 11 em 2018. Neste ano em comparação com o ano anterior, o número de casos encontrados é 22% menor, visto que nos 3 primeiros meses de 2019 foram registrados apenas 9 casos (entre notificações e confirmações) por mês, enquanto em 2018 foram 11,5. Veja tabela em anexo.

Vilhena está bem melhor que a média nacional neste aspecto, visto que os casos no município diminuíram neste ano, enquanto no país o número aumentou 264%, segundo dados do Ministério da Saúde.

O índice Liraa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) em 2019 também foi o melhor desde 2018, reduzindo pela metade o índice de infestação no município, que chegou a marcar nível 6 e agora aparece no Levantamento com indicador 3.3. Áreas com índices superiores a 5 são considerados locais onde o contato homem/vetor é significante para o risco de transmissão das doenças. Veja tabela em anexo.

Assim a Prefeitura se dedica intensamente na proteção da população e garante que a cidade está em seu melhor momento no combate à dengue, estando com poucos casos e índices evoluindo positivamente. O Ministério Público também é atuante neste tema e já em 2010 realizava parceria para campanhas contra a dengue e exigia que proprietários de imóveis abandonados extinguissem os focos em seus lotes. Lembre aqui e aqui.

Essa medida é também cobrada pela Prefeitura, visto que o lixo doméstico é a principal fonte de criadouros dos mosquitos da dengue. Conforme o Governo do Estado deixou claro em pesquisa realizada. Veja aqui.

Nesse sentido a Prefeitura notificou e multou 110 terrenos na cidade desde julho, após realizar também a limpeza completa nestes. A Prefeitura planeja adquirir maquinário que possa trabalhar durante todo o ano nessa tarefa, visto que a administração não possui veículo exclusivo para isso e o setor de fiscalização depende, assim, da liberação de tratores de outras secretarias para poder realizar o trabalho. Mesmo assim, a administração busca realizar limpeza em terrenos descuidados de particulares que ofereçam risco à comunidade. Atualmente existem 16 mil lotes vagos no município e o mato cresça rapidamente no período de chuva, o que gerou, nestes 110 lotes limpos, multas de R$ 61 mil.

MAIS ATIVIDADES – Está programado para os próximos dias também uma campanha na mídia sobre as melhores formas de prevenir a proliferação dos mosquitos bem como a organização de um mutirão de limpeza e conscientização.