SINGEPERON diz que sargento da PM que prendeu policial penal pode responder por abuso de poder

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Policiais militares prenderam em flagrante no último domingo, 10 de janeiro, um policial penal que participava de uma festa particular organizada por amigos, no Centro de Vilhena. A PM alega que os policiais foram até a casa e quando pediram para que a festa acabasse, foram desacatados pelo agente que integra o quadro de segurança do sistema prisional.

Nesta segunda-feira, 11, o Sindicato dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos de Rondônia (SINGEPERON) emitiu uma nota em defesa do policial penal, e disse que o sargento da PM pode responder por abuso de poder. Veja a íntegra da nota:

O Sindicato dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos de Rondônia (SINGEPERON) saiu em defesa do policial penal que foi detido no último domingo (10), por volta das 23 horas, quando participava de uma confraternização familiar numa residência no Centro de Vilhena. A entidade informa que o sargento da Polícia Militar que fez a abordagem e deu a voz de prisão pode responder por abuso de autoridade e comportamento desproporcional, conforme fatos narrados na Ocorrência Policial nº 4556/21, que serão tratados em audiência marcada para acontecer no dia 29 de março, às 12h30, no Juizado Especial Criminal.

Para o Singeperon, a situação poderia ter sido resolvida passivamente, sem chegar ao ponto que chegou e incorrer nos transtornos e na situação vexatória à qual o policial penal foi submetido, bem como seus familiares – considerando que os participantes não apresentaram resistência em encerrar a confraternização que, conforme relato na Ocorrência, respeitava o decreto Municipal sobre o enfrentamento da Covid-19, já que “no local havia cerca de 8 a 10 pessoas”.  Contudo, as testemunhas relataram sobre tratamento hostil e discriminatório por parte do sargento PM responsável pela guarnição, durante a abordagem. O mesmo chegou ao extremo, ao conduzir o policial penal à delegacia e tentar colocá-lo numa cela juntamente com presos, o que colocaria a vida do servidor em risco.

Ante os fatos, o Singeperon declara que o policial envolvido no caso é um servidor de boa conduta, e que exerce suas funções há 13 anos no Sistema Prisional Estadual; entende que o comportamento e atitudes do sargento não refletem os princípios éticos da Polícia Militar, e sim trata-se de um caso isolado, no qual caberá à Justiça atuar.

O Sindicato lamenta pelas desproporcionalidades empregadas pelo agente militar, contudo espera que situações como essa não se repitam, para a manutenção da harmonia entre as duas Forças da Segurança Pública (Polícia Militar e Polícia Penal), que trabalham em serviço do Estado e em defesa da sociedade.