Polícia prende uma das donas de escola investigada por maus-tratos e tortura de crianças em SP

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Na segunda-feira (25), policiais da 8° Delegacia Seccional prenderam uma das donas da escola particular Colmeia Mágica, investigada por maus-tratos e tortura contra crianças.

Fernanda Carolina Rossi Serme, de 37 anos, que também é pedagoga na escola, foi presa em uma casa em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo (SP).

A polícia pediu a prisão preventiva de Fernanda, e a Justiça concordou. Ela será encaminhada para a Cadeia Pública de Itaquaquecetuba, onde permanecerá à disposição da Justiça. Fernanda não ofereceu resistência e se entregou ao ser comunicada do mandado de prisão preventiva.

Roberta Serme, irmã de Fernanda e diretora da escola, continua foragida. A Justiça decretou a prisão temporária de Roberta em 22 de março, a pedido da polícia.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram alunos da creche amarrados com lençóis e chorando em banheiros. Eles aparecem com os braços imobilizados, enrolados com panos, como se usassem camisas de força. E estão presos em cadeirinhas de bebês embaixo da pia e perto da privada. Fotos de crianças machucadas também foram compartilhadas.

As imagens viralizaram e chegaram ao conhecimento da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional, que abriu inquérito para investigar o caso.

O prazo para o cumprimento do mandado de prisão temporária de 30 dias contra Roberta expirou na última sexta (22).

Em abril, a polícia indiciou Roberta, Fernanda e Solange da Silva Hernandez, auxiliar de limpeza da creche, por maus-tratos, tortura, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento contra crianças. Solange responde pelos crimes em liberdade.

Todas as três investigadas negam as acusações e se dizem inocentes. Elas foram responsabilizadas criminalmente pela investigação por suspeita de participarem dos castigos às crianças que choravam ou se recusavam a se alimentar.

De acordo com a polícia, além de planejar fugir, Roberta retirou materiais de dentro da escola para atrapalhar as investigações e ameaçou funcionárias. A investigação já vasculhou mais de 20 endereços à procura da diretora.

 

FONTE: GAZETA BRASIL