Vídeo: 2.083 lixeiras e um caminhão especial, que custaram 3,8 milhões de reais, estão “guardados” sem uso, há quase dois anos.

lixeiras para coleta de resíduos, adquiridos pela prefeitura de Vilhena ao custo de mais de 2,9 milhões de reais, estão parados no fundo do estádio municipal.

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Foto: Paulo Mendes

Os contêineres, ou, lixeiras para coleta de resíduos, adquiridos pela prefeitura de Vilhena ao custo de mais de 2,9 milhões de reais, estão parados no fundo do estádio municipal há quase dois anos e o caminhão especial, não se tem notícia do local onde está guardado.

A denúncia está sendo feita pelo jornalista Paulo Mendes, que postou um vídeo mostrando as lixeiras e os motivos alegados pela prefeitura. No vídeo, Mendes mostra a necessidade de uso das lixeiras, já que em diversos pontos da cidade, é possível observar que a cidade cresceu. Novas empresas e lojas de grande porte se instalaram na cidade, o que requer uma estrutura maior de coleta e separação do lixo, disse o jornalista.

No vídeo, é possível ver as 2.083 lixeiras por imagens aéreas, feitas por drone pelo jornalista, para mostrar a imensidão de equipamentos parados, sem cumprir sua utilidade pública.

Foto: Paulo Mendes

Dados da assessoria de comunicação da prefeitura de Vilhena, evidenciam que a compra das lixeiras foi aprovada e empenhada em dezembro de 2019, mas, a compra das primeiras 1500 lixeiras só foi concluída em junho de 2020.

Também foi adquirido através do Ministério do Meio Ambiente – MMA, um caminhão próprio para a lavagem e transbordo dos contêineres. O veículo foi recebido no fim de 2020 e custou 900 mil reais e também está parado, mas, a assessoria não informou o local. O restante dos contêineres chegou em dois novos carregamentos posteriores.

A assessoria de imprensa da prefeitura disse que a Secretaria de Planejamento – Semplan, só está aguardando a finalização do projeto ambiental para distribuição dos contêineres na cidade, três a cada cem metros de distância para facilitar o deslocamento das pessoas, já que não haverá mais necessidade de se manter as lixeiras em frente das casas.

Para o jornalista, a ideia é boa, mas, o fato é que já se passaram dois anos e as lixeiras e o caminhão – investimento de 3.8 milhões de reais – estão parados, sem atender a finalidade a que se destinam. Enquanto isso, a cidade convive com o lixo jogado de qualquer maneira nas beiras de calçadas e praças públicas. Isso sem contar que o tempo de reclamar qualquer garantia sobre o produto, já expirou. “É inadmissível que um investimento deste porte não esteja cumprindo sua função depois de tanto tempo parado. Isso é mais um dos graves problemas de gestão da atual administração”, disse Paulo Mendes.

Foto: Paulo Mendes

Quando divulgou o projeto inovador pela primeira vez, a prefeitura acreditava que seria pioneira na implementação do sistema. Com o atraso de quase dois anos, já perdemos para Cacoal, que instalou as lixeiras em tempo hábil.

Vídeo: