“Suma daqui”; professor da rede municipal em Vilhena representa vereador criminalmente, após ser expulso da sala de professores

Caso aconteceu ontem, quinta-feira, 04 de abril. Sindicato repudiou a ação do Edil.

7912

O professor da rede municipal em Vilhena, Cláudio Fernando da Silva, registrou um Boletim de Ocorrência contra o vereador Pedrinho Sanches, no final da tarde de ontem, quinta-feira, 04 de abril, depois de ser “expulso” da Sala dos Professores, na escola em que trabalha, por se recusar a apertar a mão do político.

Cláudio também procurou o sindicato do qual é filiado, o Sindsul, que repudiou a ação e amparou seu integrante.

Uma orientadora que presenciou o ocorrido já se prontificou a testemunhar a favor do docente. Ela inclusive publicou um Nota de Repúdio relatando o fato em suas redes sociais. A vice-diretora da instituição também presenciou o fato.

Conforme relatado pelo professor, Pedrinho chegou em uma determinada instituição de ensino na cidade de Vilhena (o nome da escola será preservado, conforme pedido do docente) por volta das 16h05, acompanhado de uma assessora. Ao adentrar na Sala dos Professores o vereador começou a cumprimentar alguns dos presentes com apertos de mãos. Dois deles negaram o gesto. Entre eles, Cláudio. Que de prontidão pediu ao vereador que fosse até a sala de aula em que leciona para “ver a situação do piso.”

– “Eu não fui grosso com ele. Eu simplesmente coloquei minhas duas mãos no peito e disse; me desculpe, eu não vou apertar sua mão. Nesse momento ele alterou a voz e disse; então o que você está fazendo aqui? (sala dos professores) Suma daqui!”

Cláudio contou que o vereador alterou a voz ao dizer que ele não precisava ficar naquele ambiente já que não queria apertar a mão dele. O Boletim narra que Pedrinho partiu para cima do educador e precisou ser contido por sua assessora.

“Não me agrediu porque a assessora dele ficou na frente. Eu me senti humilhado. Fui expulso da sala dos professores da escola que eu leciono porque um vereador se achou no direito. Eu não vou apertar a mão de uma pessoa que tem promovido atos contra os servidores. É um direito meu. Eu não o xinguei, não me alterei, simplesmente me neguei a apertar a mão dele.”

Após o expediente, Cláudio foi até a UNISP e relatou o caso às autoridades.

O Boletim de Ocorrências foi registrado por volta das 18h00. Cláudio ainda passou pela UPA – Unidade de Pronto Atendimento, onde precisou ser medicado, depois do ocorrido.