SOMAMOS: Vereadores afastados já receberam mais de meio milhão de reais dos cofres públicos em Vilhena

Junior Donadon, mesmo no Paraná, recebe do município com horário de trabalho das 00h00 às 00h00

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O afastamento durante a semana do vereador Wanderley Amauri Graebin (PSC), edil eleito nas eleições de 2016 em Vilhena com exatos 960 votos e pela sexta vez consecutiva, mesmo sendo investigado em uma CPI, trouxe à tona alguns questionamentos de internautas e da população em geral.

Questões sobre quem ocupa o lugar de Graebin na Casa de Leis vilhenense, ou se ele irá receber os salários, mesmo tendo sido afastado das funções públicas foram levantadas e deixaram dúvidas.

A reportagem do Vilhena Notícias, foi além, e traz além dessas respostas, valores absurdos sobre os quais, Graebin e Marcos Cabeludo (PHS) recebem dos cofres públicos. Sem se esquecer do ex-vereador Junior Donadon, que mesmo tendo renunciado ao cargo, depois da CPI que cassava seu mandato, ainda recebe do município, já que é concursado como procurador municipal, mesmo morando no estado do Paraná.

Os Portais de Transparência, tanto da Câmara Municipal de Vereadores, quanto da Prefeitura de Vilhena, trazem os valores. A soma dos valores abaixo descritos são sobre cálculo salário líquido.

VAMOS AOS NÚMEROS
Em 2017 Graebin recebeu até o mês de junho. Esse valor chega num montante de R$ 48.537,75. Nesse valor está incluso uma rescisão trabalhista de quase 3 mil reais.

É verdade que da metade de 2017, até à nulidade da CPI imposta a ele, no final do mês de setembro, Wanderley não recebeu salários da Câmara. Porém, voltou ao cargo no início de outubro e abocanhou mais R$ 4.954, 61. Somando aí, R$ 53,492,36.

Daqui pra frente, Wanderley irá receber pouco mais de 6 mil reais da Casa de Leis, já que, mesmo afastado da cadeira por motivos processuais, não perdeu o mandato, como queria a CPI anulada.

O caso é semelhante ao de Marcos Cabeludo. Esse que também foi reeleito, e também era investigado, se mantém longe dos holofotes há um bom tempo. O ‘sumido’ recebeu de 2017 a 2019 a bagatela de R$ 194. 977, 92, com direto à 13º salário, que reza as leis trabalhistas, mesmo que ele ‘não trabalhe’ de fato.

E O DONADON…

Esse, procurador do município concursado, renunciou ao cargo de vereador e não procurou receber seus valores mensais pela Câmara, já que tinha outra via. Porém, vale lembrar que mesmo os valores que saem da Câmara, vem dos recursos repassados à ela pelo município. Mesmo morando no estado do Paraná, Junior consta na folha de pagamentos da Prefeitura Municipal de Vilhena e aparece lotado na Semtran (Secretaria Municipal de Trânsito) como “Efetivo Gratificado”. O que chama atenção no Portal de Transparência onde mostra Angelo Mariano Donadon Junior é que sua carga horária é de 40 horas semanais, porém, seu horário de trabalho é das 00h00 às 00h00.

Se somarmos os valores recebido pelo renunciante ao cargo de vereador, desde 2017, ano em que chegou a ser reeleito, Donadon recebeu nada mais, nada menos que, R$ 298.059,99 dos cofres públicos.

E SE SOMARMOS TUDO…

Bom, com a soma dos recebimentos dos 3, atuando ou não, vereadores ou não. temos mais de meio milhão de reais pagos a eles. Exatos R$ 546.530,27. Se entrarmos no mérito de “O que daria para investir no município com esse dinheiro), listaríamos inúmeras coisas. Fica à cargo do leitor.

Fato é que, nenhum do trio, tem contribuído com “mão de obra” para o município. Nenhum deles, eleitos para tal, ou aprovado para tal, no caso de Donadon, têm trazido algo de benéfico para Vilhena.

E O TABALIPA?

Como a CPI contra o cargo de Wanderley foi anulada, ele não perde seu mandato, ele apenas deixa de exercer suas funções no Legislativo. Sim, recebendo salários. Com isso, Tabalipa, mesmo sendo suplente do cargo, não pode assumir seu lugar, já que o cargo de fato não foi destituído.

Vale lembrar que esses vereadores, que foram cassados pela CPI, anulada recentemente, foram condenados por infração ético-disciplinar por prática de atos de corrupção e infração ético-disciplinar por conduta incompatível com o decoro parlamentar.