PM apura suposta agressão a pedreiro durante abordagem policial em Vilhena

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O capitão Diego Batista Carvalho é comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar. (Foto: Renato Spagnol)

A Polícia Militar irá apurar a denúncia feita pelo pedreiro Jaime Borges Dias, 38 anos, sobre supostas agressões que teria sofrido durante uma abordagem policial no Centro de Vilhena, há 8 dias.

O construtor foi preso por desobediência à ordem legal e resistência à prisão. Ele ficou detido por cerca de três horas e foi liberado.

Em entrevista ao Vilhena Notícias, na quinta-feira (18), o capitão Diego Batista Carvalho, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, disse que a denúncia foi levada ao CRP (Coordenadoria Regional de Policiamento III) e será alvo de apuração.

Carvalho reforça que o Comando da PM de forma alguma compactua com arbitrariedades e destaca que “é prematuro dizer que há uma conduta certa ou errada dos policiais assim como é leviano afirmar que o cidadão [denunciante] está errado”.

Um procedimento foi aberto e poderá se desdobrar em um inquérito policial-militar ou sindicância para apurar se houve algum excesso. Caso seja aberto o inquérito a CRP tem até 40 dias para apresentar a conclusão do apuramento, em caso de sindicância investigativa o prazo é de 30 dias.

Versão da polícia

Os policiais militares envolvidos no caso registraram uma ocorrência contra o pedreiro. No documento, eles alegam que Jaime e o filho passaram pela viatura em uma motocicleta com placa do estado do Espírito Santo e demonstraram nervosismo, o que motivou a abordagem.

Ainda segundo os policiais, o pedreiro não aceitou ser revistado e fez um gesto brusco para abrir uma bolsa, o que levou os militares à ação de imobiliza-lo.

“A pessoa que é abordada está sob ordens da polícia e precisa seguir o que é dito, a ação do denunciante de não aceitar a revista e tentar abrir a bolsa provocou a reação dos policiais por questão de segurança, eles não sabiam o que havia na bolsa, poderia ter uma arma”, explica o capitão Diego Carvalho.

A Polícia Militar frisa que abordagem policial possui previsão legal e tem por finalidade proteger a sociedade e promover a segurança pública, onde ao agente público é permitido abordar qualquer cidadão diante de fundada suspeita de que ele traga consigo objeto que possa ser utilizado como material para cometimento de infrações penais, como armas, drogas e outros, realizando uma busca corporal ou em elementos externos como mochilas, bolsas, pastas entre outros. As intervenções policiais de maneira preventiva já impediram que muitos crimes fossem cometidos e auxilia dentre outras coisas, a diminuir os números de roubos e furtos em residências dos bairros.

Versão do pedreiro

Em um vídeo gravado após a prisão o próprio Jaime Borges narra como aconteceu a abordagem e confirma que não aceitou passar pela revista. Na versão do construtor, ele alega que seu filho de 16 anos também teria sido agredido.

Assista:

 

A família de Borges também registrou o caso na Polícia Civil e no Ministério Público de Rondônia (MP-RO).