Pé de estudante “colou” errado por falta de atendimento ortopédico em tempo hábil

Secretário admitiu que rede pública está com dificuldade na área de ortopedia.

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O estudante U.H.V.P.S, de quinze anos, quebrou o pé na escola há cerca de dois meses e, de lá para cá, a mãe, M.V.S, vinha buscando atendimento especializado, depois de levá-lo na UPA, para atendimento de urgência no dia do acidente.

Segundo a mãe, foram diversas idas e vindas entre a UPA e o Hospital Regional, que visavam a realização de um Raio-x e consulta com um ortopedista.

Na semana passada, após 45 dias, a mãe chegou a fazer contato com o Secretário de Saúde, Kim Mansur Yano, que ofereceu o raio x ao menor, mas, a mãe disse que não concordava em fazer o exame se não tivesse previsão da consulta com o ortopedista. Segundo ela, a negativa foi porque um médico que atendeu o estudante teria lhe dito que o raio-x só serviria até dois ou três dias após sua realização, o que tornaria o seu resultado “sem efeito”, gerando apenas custo à saúde pública e perda de tempo ao paciente.

Kim Mansur admitiu que há deficiência no atendimento de ortopedia na rede pública, mas, que desde que assumiu, vem tentando solucionar o problema que parece crônico em Vilhena.

Na segunda feira (19), por orientação do Secretário, a mãe levou o jovem ao Hospital Regional para ser atendido pelo ortopedista de plantão. Eles aguardaram, junto com outros pacientes, das 07 horas até as 13 horas, sem cadeiras para acompanhantes sentarem. Quando utilizaram um conjunto de cadeiras, foram “convidados” a ficar em pé. Depois de quatro horas de espera, durante a consulta, a mãe recebeu a informação de que o pé do filho “colou” no lugar errado, o que poderá comprometer a sua questão motora.