Ex-ministro do governo Dilma tenta processar Vilhena Notícias para censurar matéria sobre a esposa

Milena Teixeira é casada com o gaúcho Alessandro Teixeira e pediu R$ 1 milhão por danos morais.

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Alessandro Golombiewski Teixeira, 48 anos, morador na Asa do Sul de Brasília, foi ministro do Turismo da ex-presidente Dilma Russeff de abril a maio de 2016. Sua demissão ocorreu após a esposa do ex-ministro na época, Milena Santos Teixeira, conhecida como Miss Bumbum Miami nos EUA em 2013, postar fotos no facebook, ao lado de seu marido no gabinete do ministério do Turismo, em poses consideradas provocantes.

As fotos viraram manchetes nacionais na época, e diversos meios de comunicação repercutiram o fato, entre eles, o Vilhena Notícias que reproduziu uma matéria publicada no O Globo, na qual evidencia o fato nacional.

Na oportunidade, outras fotos publicadas por Milena, desta vez nua coberta por uma faixa verde-amarela, em frente ao congresso nacional foram veiculadas em redes sociais, o que os deixou indignados. Ambos rechaçaram a mídia nacional pela exposição dizendo que as fotos eram de cunho familiar.

PROCESSO CONTRA VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO

Alegando problemas para conseguir novos empregos e seguir sua carreira, o economista Alessandro, entrou com dezenas de processos em quase todos os estados brasileiros, para tentar retirar do ar as centenas de matérias veiculadas em jornais on-line pelo Brasil a fora, inclusive em Rondônia.

Todos os sites que abordaram o caso das fotos e também da descoberta de um vídeo “making of” que sua esposa fez para revista Sexy em 2007, e que está no portal Xvídeos, foram incluídos nas ações.

O ex-ministro argumentou à justiça que tem o “direito ao esquecimento”, de um fato que lhe trouxe violação da intimidade e o mantêm em contínuo escárnio.

Alegando estar desempregado por causa disso, o ex-ministro entrou com uma ação contra o Vilhena Notícias em 2019, pedindo uma indenização por danos morais de R$ 1 milhão e a retirada da matéria reproduzida do ar.

DECISÃO

Mesmo sendo ex-ministro e pedindo uma indenização de R$ 1 milhão, Alessandro pediu Justiça Gratuita, já que alegou estar desempregado.

Contudo o pedido foi negado pela comarca de Jaru, onde foi iniciada a ação. A ação deveria ser iniciada na comarca do réu. Todavia, os advogados do ministro ainda recorreram ao Tribunal de Justiça em Porto Velho, mas o entendimento da corte foi o mesmo da primeira instância.

Se o ex-ministro quisesse dar prosseguimento ao processo, deveria pagar as custas processuais, que seriam em torno de 1% (R$ 10 mil) do valor da ação de dano moral a qual ele estava requerendo.

O TJ ainda argumentou que em pesquisa foi identificado que Alessandro Teixeira é professor de políticas públicas na “Tsinghua University”, na China.

Os advogados do ex-ministro alegaram que a China, por não ter a liberdade de acesso ao Google, seria único no país do mundo, no qual o ex-ministro poderia trabalhar.

Sem o aceite da justiça gratuita, o processo foi dado como trânsito em julgado (encerrado) nesta terça-feira, 02 de junho.

VILHENA NOTÍCIAS

O site VILHENA NOTÍCIAS tem foco regional, no Conesul de Rondônia, mas por vezes reproduz matérias de nível estadual e nacional, conforme sua linha editorial entende que o assunto é relevante e pode colaborar para a formação de opinião dos cidadãos sobre os assuntos e questões estaduais e nacionais.

No caso em particular do ex-ministro Alessandro Teixeira, o site expõe que na época o governo Dilma estava por ser impeachado, e várias mazelas e faltas de decoros estavam sendo levantados, entre eles, as fotos “provocantes” do casal dentro do gabinete do ministério do turismo, além também de suas condutas “pré-ministério” do Turismo.

A descoberta de um vídeo de nudez, pela mídia nacional, da intitulada, “Primeira-dama do turismo do Brasil” foi um desdobramento comum para pessoas que estão no meio público e dele fazem uso para tentar destacar suas imagens.

O Vilhena Notícias não julga os trabalhos de nudez e semi-nudez da esposa do ex-ministro, porém acha de gosto duvidoso fotos provocantes, que são tiradas dentro de um ministério da república. Pode-se entender que o turismo no Brasil é algo “provocante” e “sensual”. Repercussão negativa, que realmente aconteceu na época, após a divulgação das fotos pela própria Milena.

Quanto ao processo, o Vilhena Notícias entende que querer apagar os pontos negativos da própria história é uma atitude covarde. Querer tirar do ar matérias que mostram e narram fatos comprovadamente reais, é censura.

O ex-ministro do Turismo recebia salário, pago pelo povo, para estar dentro de seu gabinete visando fomentar o turismo. Já sua esposa também recebeu para fazer o vídeo e ensaio fotográfico na revista Sexy de 2007.

Em todos os casos, o próprio casal que se expôs, nenhuma foto ou vídeo foi roubado ou feito na intimidade, todos estavam divulgados.

Confira os links das matérias motivo da ação: