Delegacia de Homicídios conclui que homem matou colega de trabalho a machadadas para roubar moto; outros dois casos foram elucidados

393

A Delegacia Especializada na Repressão de Crimes Contra a Vida (DERCCV) divulgou o encerramento de três inquéritos, na manhã desta quarta-feira, 18, em Vilhena. Um dos casos é da morte de Manoel Amaral Santana, de 52 anos, em janeiro deste ano. De acordo com a polícia, o suspeito matou o colega de trabalho a machadadas para roubar a motocicleta da vítima.

Segundo o delegado da DERCCV, Núbio Lopes de Oliveira, o acusado do crime Gilcemar Broseguini, de 54 anos, trabalhava como Manoel, conhecido como Manezinho, em uma fazenda, na área rural de Vilhena.

A princípio, o caso foi tratado como homicídio, mas com as investigações foi descoberto que a moto da vítima e Gilcemar desapareceram, e que ele tinha interesses pelo veículo do colega.

“Desde o assassinato, as duas primeiras observações que foram feitas no local foi que a motocicleta da vítima havia sido subtraída e que Gicelmar não foi mais localizado. Ele estava lá a pé antes do crime, justamente depois do crime ele desapareceu. Os familiares disseram que o Gilcemar queria porque queria comprar a moto do Manezinho, mas não se tratava de um interesse comum, ele queria aquela moto”, declarou o delegado.

Núbio afirmou ainda que Manoel foi morto brutalmente à golpes de machadada na cabeça. O corpo foi encontrado na cama. No local do crime não havia indícios de luta corporal, o que pode indicar que a vítima estava dormindo e não teve chances de se defender.

A prisão preventiva de Gilcemar foi decretada, mas ele e nem a motocicleta foram localizados. O inquérito concluído foi enviado ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO) como latrocínio.

Dissimulação

Outro caso solucionado pela polícia aconteceu em março de 2012, quando Aglaedson Meireles Rodrigues, 29 anos, conhecido como “H” foi morto em casa no Bairro Cristo Rei em Vilhena.

De acordo com o delegado, José Augusto Nascimento Glória, 37 anos, chamado de Neguinho, passou informações aos autores do assassinato de que a vítima estava em casa desarmado, facilitando a ação dos criminosos.

“Antes do homicídio, Neguinho estava conversando com a vítima, falando que qualquer coisa podia pegar uma arma com ele. Após isso, testemunhas viram a motocicleta com os dois ocupantes chegar na casa de Neguinho, eles conversaram com ele e dali foram na casa do H e o mataram”, relatou.

Neguinho, que está preso por outro crime, nega que tenha ajudado na morte de H. O delegado acredita que por um pacto da criminalidade, por medo de ser executado, ele não revelou a identidade dos executores.

O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO). José Augusto foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por dissimulação.

Vingança

O terceiro caso concluído pela DERCCV aconteceu em maio do ano passado, no distrito de Novo Plano. Pai e irmão de consideração de adolescente que morreu atropelada em 2015, são acusados de mandar matar o homem que atropelou a jovem.

Segundo o delegado, a vítima Erli Teixeira de Abreu foi morto na casa onde morava, com um tiro na cabeça. O executor João Carlos Costa confessou que Weslen de Oliveira Araújo e Edilson Pereira Oliveira prometeram uma motocicleta e R$ 8 mil para que ele cometesse o crime.

“Erli foi preso após atropelar uma adolescente que morreu uma semana depois, ele respondeu por lesão corporal e embriaguez. Depois de ter saído da prisão, o pai da jovem e o irmão de consideração mandaram matar ele”, declarou Núbio.

João Carlos e Weslen de Oliveira foram presos. Edilson Pereira está foragido. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO).