‘É uma parada sem previsão de volta.’ O vocalista e guitarrista da banda mineira Skank, Samuel Rosa, de 53 anos, anunciou, em nota oficial na manhã deste domingo, o encerramento das atividades após três décadas de estrada. A decisão teria partido do próprio Samuel.
O vocalista inicia o texto com um relato dos méritos da banda. “Tomada de rumos inesperados não é algo esquisito à banda. Basta lembrar que explodiram nos 90 com uma mistura de dancehall, rock e música brasileira e na virada do milênio deram uma guinada para sonoridade mais retrô, influências de Beatles, Clube da Esquina e mantiveram a estatura como banda com “Maquinarama” e “Cosmotron”, comentou.
Samuel cita o termo “timing estratégico de final de ciclo” para explicar o fim do grupo. “Mesmo que o Skank tenha tido mudanças dentro de sua estética até agora, certas coisas são impossíveis de mudar quando se trata de uma relação dos mesmos quatro indivíduos. Quem sabe se hoje individualmente não sejamos melhores do que coletivamente?”, questiona.
O tecladista Henrique segue a mesma linha de raciocínio: “É legal ver nos shows atualmente uma nova geração, pessoas que conheceram a banda recentemente. É resultado de prezarmos pela qualidade e não pela quantidade. Dessa forma, conseguimos ter músicas conhecidas nas três décadas. Isso até hoje permitiu que não nos tornássemos covers de nós mesmos”.
TURNÊ DE DESPEDIDA EM 2020
O anúncio do fim da banda foi divulgado na coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.