Mototaxistas de Vilhena aderem a protesto dos caminhoneiros

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A categoria de mototaxistas em Vilhena aderiu à manifestação dos caminhoneiros contra a disparada nos preços dos combustíveis. Logo pela manhã desta quarta-feira (23), dezenas de motociclistas se reuniram no Posto Catarinense I, saída da cidade, e seguiram em caravana para km 27 no trevo da BR-364 com a BR-435, local onde ocorre um ponto de bloqueio da rodovia.

Diretamente atingidos com o alto preço pago no litro da gasolina os mototaxistas dizem: “ninguém aguenta mais pagar tão caro pelos combustíveis, com a alta carga tributária imposta pelo governo e não ter nada em troca”.

O fechamento parcial de rodovias federais foi iniciado na segunda-feira (21), pela categoria de caminhoneiros em vários estados do país, como forma de protesto aos recorrentes aumentos no preço do óleo diesel. Em Rondônia, a manifestação e bloqueio da rodovia federal começou na terça-feira e não tem data para terminar.  Apenas a passagem de veículos de passeios, ambulâncias, ônibus e caminhões com carga viva e perecíveis é permitida pelo bloqueio.

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De acordo com o último boletim informativo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Rondônia registra oito pontos de bloqueio. Candeias do Jamari na altura do km 693, Ouro Preto do Oeste no km 387, Jaru há bloqueio no km 423, em Vilhena dois pontos estão fechados: km 7, perímetro urbano saída para Cuiabá, e no km 27 no trevo da BR-364 com a BR-435. Há ainda bloqueios em Ji-Paraná no km 336, Pimenta Bueno no km 191 e Cacoal no km 236.

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Mato Grosso

No Mato Grosso a BR-163 está bloqueada desde às 7h de segunda-feira (21). A área fica próxima ao setor industrial da capital mato-grossense. Um outro bloqueio acontece na rodovia federal 364 que liga os municípios de Vilhena (RO) a Sapezal (MT). Os manifestantes têm apoio do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), e pedem a redução da carga tributária sobre os combustíveis. Já em Rondônia nenhum órgão representante da categoria se manifestou até o momento.

Governo

Eduardo Guardia, ministro da Fazenda, anunciou na noite de terça-feira que o governo federal fechou um acordo com a cúpula do Congresso para usar os recursos obtidos com a reoneração da folha de pagamento de alguns setores para zerar a Cide sobre o óleo diesel. A medida é insignificante, diz a Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes), que representa mais de 40 mil postos no Brasil.

“A decisão do governo de zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) é insuficiente para reduzir os preços dos derivados de petróleo”, disse Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis em entrevista à Reuters. O presidente propõe que sejam reduzidas também cobranças de PIS/Cofins nesses produtos.

“Se tirar somente a Cide, ela é insignificante, hoje ela representa R$ 0,10 por litro de gasolina e R$ 0,05 por litro de diesel”, frisa Paulo Miranda.