Baseada em relatórios dos setores de inteligência da Polícia Federal (PF) e Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) que apontam uma possível aliança entre as duas principais facções do país PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), o portal UOL publicou uma reportagem na tarde de ontem, quinta-feira, 31 de agosto, citando possíveis ataques contra policiais e autoridades – juízes e agentes penitenciários federais de Rondônia.
O mesmo portal já havia em 22 de agosto, informado que a facção PCC tinha como plano celebrar o aniversário de sua fundação no último dia 31 de agosto, com ataques contra juízes e agentes penitenciários no estado. Diante dos possíveis ataques que acabaram não se concretizando na data citada, as autoridades de segurança pública de Rondônia emitiram alerta. O documento foi obtido e divulgado pela reportagem da Rede TV. Confira aqui.
Em Vilhena o Juiz Federal Rodrigo Gasiglia de Souza, emitiu ainda ontem, dia 31 a Portaria DISUB/SSJ/VHA N.31/2017 limitando, em parte o atendimento ao público externo no âmbito da Subseção Judiciária local. O documento cita a “necessidade de se resguardar a integridade física dos serventuários da justiça, prestadores de serviço, estagiários, agentes policiais e vigilantes, além de advogados, membros da Magistratura e do Ministério Público Federal”.
Durante toda a quinta, a Justiça Federal ficou sob escolta da Polícia Federal. A portaria tinha vigência apenas em 31 de agosto.
A motivação dos ataques seria, segundo o UOL, “às medidas que restringem visitas íntimas a lideranças das duas facções em presídios federais” e as operações da PF contra o crime organizado. Além de Rondônia estão na “mira” estados como São Paulo, Paraná, Roraima e Ceará.
A articulação para a união das duas facções teria partido de seus líderes, os traficantes Abel Pacheco de Andrade, o “Vida Loka” do PCC e Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar que atualmente cumprem pena em regime fechado em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Beira-Mar esteve preso na penitenciária federal de Porto Velho até o dia 25 de abril deste ano, quando foi transferido para a penitenciária do Nordeste.
Arsenal
Nas proximidades da capital Porto Velho os criminosos teriam à disposição ao menos 10 fuzis, pistolas e 10 Kg de explosivos plásticos C4 (material maleável e de boa elasticidade que pode ser manuseado sem muito perigo e é ativado por descarga elétrica). As informações estão no relatório da PF e Senasp, indica o UOL.
Portaria DISUB/SSJ/VHA N.31/2017 afixada no mural da Justiça Federal
FONTE: VILHENA NOTÍCIAS com informações do UOL
