Apenados incendeiam celas para tentar conseguir prisão domiciliar em Cerejeiras

Incêndio foi 'inspirado' em outro ataque ocorrido na unidade de Cerejeiras, quando os presos puderam ficar em casa durante a reforma das celas.

1196
Colchões de celas foram incendiados pelos detentos — Foto: Casa de Detenção de Cerejeiras/Divulgação

A Vara de Execução Penal (VEP) determinou que 26 presos do regime semiaberto voltem a cumprir pena no regime fechado de Cerejeiras (RO), no Cone Sul do estado. Isto porque duas celas da Casa de Detenção foram incendiadas pelos apenados, no último domingo (19). O objetivo dos detentos com o incêndio era conseguir autorização para migrar à prisão domiciliar.

Segundo a direção da unidade, o Corpo de Bombeiros foi acionado até a Casa de Detenção depois que os presidiários do regime semiaberto realizaram um princípio de motim e incendiarem os colchões de duas celas. As chamas foram controladas a tempo.

Cerca de 27 homens dividiam as celas incendiadas e o objetivo da ação criminosa era conseguir prisão domiciliar para todos os detentos, informou Eguinaldo Lanes, diretor do presídio.

Cela pega fogo após presos incendiarem colchões  — Foto: Casa de Detenção de Cerejeiras/Divulgação
Cela pega fogo após presos incendiarem colchões — Foto: Casa de Detenção de Cerejeiras/Divulgação

A direção informou ainda que a ‘inspiração’ para o crime teria sido outro incêndio provocado por detentos durante uma rebelião na unidade prisional, em fevereiro de 2019. Na ocasião, alguns presos foram colocados em prisão domiciliar enquanto as celas eram reformadas.

No entanto o plano não deu certo desta vez e a Vara de Execução Penal de Cerejeiras (VEP) emitiu medida cautelar depois do incêndio do último domingo, determinando a transferência dos presos para a ala do regime fechado, com exceção de um homem que estava trabalhando no momento do motim.

A direção afirmou ainda que está sendo feita uma limpeza nas duas celas para avaliar os danos. A previsão é que seja necessário apenas a reforma na laje e pintura das celas.

Fonte: *Sob supervisão de Jônatas Boni, do G1 RO