Durante patrulhamento no domingo (28), policiais militares se depararam com uma estrutura utilizada para rinha de galos em uma residência localizada na rua João Liberto Muhl, no bairro Jardim Eldorado, em Vilhena. A ocorrência foi registrada durante apoio a outra guarnição que atendia a um chamado na região.
No local, os militares identificaram uma arena circular sem arquibancadas, mas claramente destinada a combates entre aves. No quintal da residência, foram encontrados 14 galos da raça Índio Moura, mantidos em gaiolas, sem água e ração, além de apresentarem sinais de maus-tratos. Objetos usados na preparação dos animais para as rinhas, como tesouras, fitas adesivas e esporas, também estavam disponíveis no espaço.
Segundo informações colhidas de uma criança que estava no local, as brigas não estariam acontecendo recentemente, mas os animais continuavam sendo mantidos em condições precárias. A situação foi registrada como crime ambiental, uma vez que a criação de galos para rinha é proibida por lei.
Na residência, os policiais encontraram três crianças desacompanhadas, o que configurou possível situação de abandono de incapaz. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanhou todos os procedimentos.
A Polícia Ambiental de Vilhena foi chamada para prestar apoio e providenciou o transporte das aves para o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). Um médico veterinário realizou a avaliação dos galos e confirmou o estado de maus-tratos.
Enquanto os animais eram recolhidos, uma mulher, responsável pelas crianças, chegou ao local. Ela recebeu voz de prisão e foi conduzida para a Unisp.
