Oscarina Vieira conta que por 30 anos conviveu com a lamparina e com o gerador portátil, que somente era usado para conservar os alimentos. “O combustível era caro e as vezes o gerador quebrava. Muitas vezes a carne e as polpas de frutas estragaram por falta de refrigeração”, afirmou. Ela comemora a chegada da energia, através das placas solares, pois agora vai poder usufruir de pequenos prazeres da vida.
“Quero assistir os cultos na internet e ouvir música”, disse. A empresa ainda instalou a rede elétrica dentro do imóvel das famílias que não tinham o sistema e forneceu lâmpadas LED, que são mais eficientes e econômicas. Os moradores receberam um kit com instruções sobre o programa do Governo Federal, Joelson dos Santos Vieira é agricultor na pequena comunidade de Terra Firme, localizada às margens do Rio Madeira em Porto Velho. Há trinta anos mora na localidade e conta que não conseguia fazer nada a noite devido à escuridão. Ele precisava usar lanterna para andar dentro da própria casa à noite. “Eu não podia comprar as coisas no mercado para guardar aqui, porque não tinha energia para usar uma geladeira.
A gente salgava a carne e o peixe para não estragar”. Sua casa foi a primeira a receber o Mais Luz Para Amazônia, programa do governo federal e do Ministério de Minas e Energia que a Energisa está desenvolvendo em Rondônia.
Segundo Alfredo João de Brito, gerente de construção e manutenção da Energisa em Rondônia, o ritmo de trabalho está dentro do cronograma, apesar das recentes chuvas intensas, e conta com dedicação integral de equipes especializadas na instalação. “Estamos muito engajados em cumprir o planejamento, pois compreendemos a transformação que acontece quando a energia elétrica chega a essas comunidades. O programa ainda tem grande valor social, pois promove a inclusão de cidadãos e permite usufruir de itens básicos na sociedade contemporânea como a educação através da internet, a conservação de alimentos e a geração de renda”, frisou.
Brito explica que o sistema solar foi a alternativa encontrada para levar energia elétrica onde não há viabilidade técnica para construção de rede convencional. A empresa está investindo R$ 32 milhões para instalação de sistemas de geração solar e armazenamento de energia nos lares de 900 famílias mapeadas.
Nesta etapa, 68 comunidades em Costa Marques, Cujubim, Guajará-Mirim, Jaci-Paraná, Machadinho D’Oeste, Porto Velho, Rio Crespo, São Francisco do Guaporé, Seringueiras e Vale do Anari vão receber o Mais Luz Para Amazônia. Mais de 3 mil placas solares serão instaladas nos 900 imóveis. Segundo o gerente, já está em execução o mapeamento das comunidades que serão atendidas no próximo ano. Conheça detalhes do programa Mais Luz Para Amazônia no site www.energisajuntos.com.br