Na segunda-feira, 08 de janeiro, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para investigar a situação da índia de 12 anos que deu entrada no Hospital Regional de Vilhena na última semana com larvas na boca. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), informou que a menina passou por avaliação médica e foi transferida para Hospital Regional de Cacoal, e o estado de saúde é estável.
Ainda segundo a Sesai, uma sindicância apura as falhas que aconteceram no atendimento, visto que a menina morava na Casa de Saúde Indígena (Casai) desde 2014, onde era cuidada por profissionais de saúde.
MPF
O procurador Leandro Musa de Almeida explicou que o MPF instaurou um procedimento e enviou ofício à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Hospital Regional de Vilhena, perguntando sobre as condições da menina. A Funai e o hospital têm dois dias úteis para responder ao MPF.
Leia a nota na íntegra:
O Ministério da Saúde informa que está acompanhando, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena, o estado de saúde da adolescente indígena a que se refere a reportagem. Uma enfermeira que faz parte da equipe da Casa de Saúde Indígena (CASAI) de Vilhena permanece com a adolescente.
A assistência à saúde prestada à população indígena tem registrado importantes avanços nos últimos anos, desde a criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), em 2010, que passou a ser responsável pela gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS (SASISUS) e pela execução de ações de atenção básica e saneamento básico a cerca de 750 mil indígenas, pertencentes a 305 povos indígenas e que vivem em mais de cinco mil aldeias.
No ano passado, a saúde indígena recebeu o maior investimento desde que o Ministério da Saúde passou a gerenciar a área, mais de R$ 1,5 bilhão de reais.
Este recurso é utilizado para melhorias da qualidade de vida dessa população, como custear a manutenção das ações, pagar salário dos pagar salário dos profissionais e fazer investimentos em edificações e saneamento básico, além da aquisição de insumos e equipamentos.
Sesai
“Houve uma falha no atendimento e estamos apurando, através de uma sindicância, o que aconteceu. Os culpados serão responsabilizados”, afirma o coordenador das equipes da Sesai do pola base em Vilhena, Gregório Cardoso.
Segundo ele, os relatórios de atendimento apontaram que as larvas se instalaram de um dia para o outro e foram observadas durante a higienização da menina.
“A eclosão de uma larva é muita rápida. De um dia para o outro notou-se a situação. Foi feito a higienização; não conseguiram tirar o quantitativo e ela foi levada para o hospital para fazer um procedimento mais invasivo, porque os nossos recursos são limitados”, salienta.
A Casai fica na zona rural e atende 62 aldeias, e a gente faz o possível”, conclui.
FONTE: G1/Vilhena