O prefeito de Ariquemes, Tiago Flores (PMDB), anunciou no último dia 12 de outubro, em sua página pessoal no Facebook que irá se afastar do cargo.
Polêmico por expressar suas opiniões nas redes sociais, Flores ganhou fãs, e hoje possui mais de 28 mil seguidores na rede, e foi através dela que ele se dirigiu ao seu público dizendo sobre o “pedido de afastamento do cargo de prefeito por alguns dias para resolver problemas de ordem pessoal”.
Ainda na postagem, ele citou que está “refletindo sobre permanecer ou não nas redes sociais”, mas não explicou o porquê cogita abandonar as mídias.
Ativo nas redes
Tiago Flores ganhou notoriedade a nível estadual no dia 23 de janeiro deste ano, quando, semanas antes ao início do ano letivo, proibiu de forma “monocrática” que as escolas públicas de Ariquemes entregassem livros didáticos sobre questões de gênero aos alunos do ensino fundamental. À época, Flores disse: “Todas as páginas de livros didáticos que falem ou mostrem diversidade sexual, casamento homossexual ou uso de preservativos serão “suprimidas”.
Ante a polêmica gerada, o chefe do Executivo buscou as redes sociais para conseguir apoio. Mas, o caso tomou repercussão nacional, e no dia 27 do mesmo mês, o Ministério da Educação (MEC) se posicionou contrário à decisão: “É competência das secretarias e escolas zelar pela conservação e bom estado do material distribuído. Entendendo-se com isso manter o material em sua integridade, uma vez que são distribuídas apenas obras avaliadas e aprovadas segundo critérios publicados em edital e amparados por legislação”, disse em nota.
Ainda em janeiro o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), publicou na página oficial do Facebook, um texto de repúdio contra a ação do prefeito de Ariquemes. “Voltando para época de inquisição”, escreveu o parlamentar.
Já o jornalista Chico Pinheiro, apresentador do jornal Bom dia Brasil da Rede Globo, classificou como “MEDIEVAL” a atitude de Thiago Flores.
O caso teve desfecho no final de agosto, quando o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal, obtiveram decisão liminar deferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que cassou uma decisão de 1º instância, e determinou às autoridades do Município de Ariquemes que distribuíssem os livros didáticos alunos da rede municipal de ensino, sem qualquer alteração em seu conteúdo, no estado em que foram remetidos ao Município pelo Governo Federal, imediatamente, sob pena de aplicação de multa, em caso de descumprimento.
FONTE: VILHENA NOTÍCIAS
