Postos de combustíveis devem repassar aumento da gasolina ao consumidor na próxima semana

A Petrobras anunciou, na terça-feira (15/12), reajuste nos combustíveis gasolina e diesel.

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Preço da gasolina aditivada varia de R$ 4,65 a R$ 4,99, em Vilhena.

Já está valendo desde ontem o aumento de 3% no preço da gasolina e de 4% no litro do diesel, anunciado na terça-feira, dia 14 de dezembro, pela Petrobras. O Dmar (combustível marítimo) também teve elevação, de 4,1%.

Os novos valores entraram em vigor nesta quarta-feira, 16. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o efeito nas bombas será de R$ 0,0518, na gasolina; e de R$ 0,0749, no diesel.

Este é o 40º reajuste da gasolina este ano, sendo 21 reduções e 19 aumentos. No diesel, é o 31º reajuste, 16 elevações e 15 quedas. Em 2 de dezembro, a estatal anunciou redução de 2% na gasolina. “O preço médio do diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras passa a ser de R$ 1,95 por litro. No ano, o valor do litro do combustível acumula redução de 16,6%. Já o preço médio da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras passa a ser de R$1,75 por litro. No ano, acumula redução de 8,7%”, informou, a Petrobras.

Em Vilhena, o reajuste no preço da gasolina ainda não reflete nas bombas. Três donos de postos procurados pela reportagem informaram que ainda têm estoques e por isso não reajustaram os valores, no entanto, o aumento deve acontecer na próxima semana. O percentual anunciado pela Petrobras, no entanto, pode não ser necessariamente o mesmo, uma vez que o valor do combustível nas bombas é uma decisão individual de cada posto.

Na cidade, o preço médio praticado pela gasolina aditivada varia de R$ 4,65 a R$ 4,99. Já o litro do diesel atualmente é vendido por em torno de R$ 3,64.

Composição do preço

Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), coletados entre 6 e 12 de dezembro de 2020, no ano os preços médios de diesel nos postos revendedores nas principais capitais apresentaram redução de 2,4%. Para a gasolina a queda apurada foi de 0,7%.

No mesmo período, os preços de diesel praticados pela Petrobras responderam por cerca de 45% dos preços ao consumidor nos postos de combustíveis. No caso da gasolina, a participação da estatal foi de 28%. O restante da composição é assim dividido: 13% de margem da distribuidora e revenda; 15% de etanol; 29% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); e 15% de Contribuição sobre Intervenção de Domínio Econômico (Cide), Pis e Cofins. Esses dados têm base nos preços médios da Petrobras (gasolina A, pura), e nos preços médios ao consumidor final (gasolina C, já com mistura de etanol) em 13 capitais e regiões metropolitanas brasileiras.

 

Fonte: Com informações do Correio Braziliense