Por Karina Andrade: Profissionais necessitam qualificação para atuar com TEA

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Me chamo Karina, tenho dois filhos dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). No passado precisei ir embora de Vilhena-RO para ter acesso a um diagnóstico correto, as terapias adequadas e a inclusão escolar de verdade. Ano passado, depois de 8 anos em Curitiba (PR), dedicada ao tratamento dos meus filhos, retornamos para Vilhena. Para minha surpresa, pouco havia mudado em relação ao TEA. Então, me juntei a outras famílias e começamos uma luta por inclusão e qualificação dos profissionais daqui. Não tem sido fácil. Não é fácil depender do interesse e boa vontade dos outros para que seu filho possa evoluir e se integrar a sociedade.

Enfim, meu principal projeto hoje é trazer qualificação para os profissionais de diversas áreas dentro do TEA. Qualificação com profissionais referências no Brasil.  Os objetivos: 1 – que nossos profissionais tenham oportunidade de estar tão qualificados como os dos grandes centros. 2 – que as pessoas com autismo tenham acesso a intervenções adequadas, que lhes proporcione desenvolvimento e evolução. Para isso criei um site www.integrarautismo.com.br onde, além de informações sobre o TEA, compartilho a agenda de cursos que serão realizados em Vilhena.

Neste sentido, ressalto que a educação física é uma ferramenta importantíssima no desenvolvimento de habilidades e de inclusão para a comunidade com autismo.  Os exercícios contribuem para vencer as fragilidades que apresentam (cada um em sua intensidade) no equilíbrio, coordenação, flexibilidade e planejamento motor, entre outros. Além claro de contribuir imensamente para a questão das habilidades. A ausência de atividade física na rotina do autista pode impactar na sua autonomia para realizar tarefas como caminhar, virar-se, vestir uma roupa.

A inclusão ocorre efetivamente quando o aluno com deficiência consegue participar das aulas com os demais. Ganha o professor, ganha o aluno de inclusão, ganha a escola e ganha a sociedade.

A maioria das crianças e adolescentes não têm acesso a um tratamento adequado, a profissionais devidamente qualificados e as horas de terapias necessárias. Porém, essas mesmas crianças e adolescentes estão dentro das escolas todos os dias e têm a possibilidade de desenvolvimento (caso tenham a sorte de estar com um profissional qualificado e interessado).

Diante da realidade encontrada na maioria das escolas, onde alunos com deficiência são deixados de lado durante as atividades, resolvi buscar um profissional de excelência no assunto para trazer qualificação aos nossos profissionais. Sei que as vezes o que falta é só conhecimento técnico para conseguirem agir adequadamente.  Para intervir no TEA é necessário conhecimento, não basta apenas boa vontade, ou metodologias antigas. Além das escolas, temos dificuldade em encontrar escolinhas de natação, futebol, lutas e outros esportes que aceitem nossos filhos. Não sabem como intervir então preferem fechar as portas.

https://www.integrarautismo.com.br/services/educacao-fisica-especial

Para mais informações: Karina Andrade – 69 99354.3335.