
A vacinação contra a covid-19 no Brasil não completou nem dois meses desde seu início e, em meio às boas notícias de cada vez mais profissionais de saúde e idosos imunizados, vêm surgindo com frequência relatos de condutas, no mínimo antiéticas, de alguns profissionais de saúde.
Em meados de fevereiro repercutiu no noticiário nacional um caso de Goiânia (GO) em que uma idosa só foi vacinada corretamente após a filha da mulher confrontar a enfermeira que fez a aplicação. O caso que ganhou repercussão nacional mostra uma profissional de saúde que, a princípio, apenas furou o braço da idosa, mas não pressionou o êmbolo para injetar o líquido do imunizante. O caso é investigado pela secretaria de Saúde da cidade de Goiânia.
Há casos semelhantes registrados em outros estados da federação. Isso abriu suspeitas de que aqueles que não aplicam as vacinas corretamente estejam o fazendo para armazená-las e vacinar parentes ou amigos fora do grupo prioritário ou mesmo para vender o imunizante.
Diante desse cenário um deputado federal do estado de São Paulo, Ricardo Silva (PSB-SP), protocolou na Câmara um projeto de lei que torna crime a conduta de simular a aplicação de vacina. (PL nº. 374/2021.) Com informações da revista Fórum.
Na esteira desses casos e da proposta de lei federal o vereador Sargento Damassa, do PROS, protocolou na Câmara Municipal de Vilhena um projeto de lei que prevê multa de R$ 5 mil para o profissional de saúde que “dolosamente fraudar a fila de vacinação contra a covid-19” ou simular a aplicação do conteúdo da seringa.
Para o parlamentar, “vacinação fake” é um crime grave contra a saúde pública e, por isso, a proposta de lei municipal prevê uma pena severa. Lei prevê, ainda, multa a quem furar a fila da vacina no município.
O Projeto de Lei (6.063/2021) foi lido na sessão ordinária desta terça-feira, 2 de março, e deverá voltar na pauta da próxima sessão, no dia 9.
A secretaria municipal de Saúde de Vilhena divulga um vacinômetro, uma espécie de banco de dados que registra, entre outras informações, a quantidade de pessoas que já tomaram algum tipo de imunizante contra a covid-19, locais de vacinação e quais grupos estão sendo vacinados. O vacinômetro municipal pode ser acessado na página da prefeitura.