Com riscos de comprometer a imunidade, prefeitura de Vilhena alerta vilhenenses sobre os focos de dengue

"Esta é uma doença que sabemos como combater e por isso pedimos atenção dos vilhenenses em manter seus quintais limpos”, aponta Paulo Cremasco, técnico em Saúde Pública do setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Semus).

937

Vilhena já tem 56 casos notificados da doença. Além do cuidado para não contrair o novo coronavírus, neste período chuvoso, o desafio é combater também o mosquito Aedes Aegypti, que transmite Dengue, Zika e Chikungunya. Como a dengue compromete a imunidade do paciente, se ele contrair covid-19, o quadro de saúde fica ainda mais grave.

A Divisão de Endemias de Vilhena, setor responsável pelo controle de pragas, realizou recentemente, o LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti). Os dados apontam que o município está em alto risco para a contaminação da doença, tendo os bairros Jardim Eldorado e BNH com os maiores focos do mosquito.

“82% dos criadouros de mosquitos da dengue estão em quintais de residências ocupadas. Esta é uma doença que sabemos como combater e por isso pedimos atenção dos vilhenenses em manter seus quintais limpos”, aponta Paulo Cremasco, técnico em Saúde Pública do setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Semus).

Ao todo, o setor de endemias, destinou 12 agentes, que analisaram 2.231 imóveis de 505 quarteirões em 29 bairros. Após a análise, foi constatado que 97 imóveis apresentaram altos índices para possíveis casos, sendo 67 contendo lixo, recipientes acumuladores de água, itens de plástico, garrafas, latas, dentre outros entulhos. Já outros 30 imóveis apresentavam pneus e materiais rodantes.

A equipe de endemias, dividiu os bairros através de estratos. As análises seguintes apresentam os bairros com maiores índices de casos em cada extrato. No estrato 3, os bairros Jardim Eldorado e Jardim Primavera, são os que apresentam a maior taxa de risco de casos, com 6,8% dos imóveis tendo criadouros em potencial. Logo em seguida, no estrato 4, ficam os bairros BNH, Alto Alegre e Bela Vista, com 5,6%, também sendo considerado de alto risco. Já no estrato 1 estão os bairros São José, Centro, 5º BEC e proximidades da Rical, com 4,2%. O único estrato de bairros que apresenta o baixo risco é o segundo, com 2,2%, com casos encontrados nos bairros Cristo Rei, Jardim América e Bodanese.

Visto que o Aedes se reproduz em água parada, quintais devem estar sempre livres de quaisquer recipientes que possam acumular água. Além disso, para evitar outros danos ambientais, moradores devem procurar a Prefeitura para buscar informações sobre a destinação correta de resíduos.