Em um vídeo que circula em redes sociais um caminhoneiro informa que um veículo teria passado por cima de dois índios que faziam a cobrança do pedágio, deixando-os com graves ferimentos. “Eu era o primeiro da fila logo depois da cobrança do pedágio, e veio uma caminhonete, um ‘maluco’, e não parou e passou por cima de dois índios, um deles teve as duas pernas quebradas, o outro quebrou um braço”, narra o caminhoneiro, que ainda mostra o que seria uma possível flecha cravada na lateria de seu caminhão, atirada segundo ele, pelos índios.
O que narra o caminhoneiro não foi confirmado ao Vilhena Notícias pela Funai de Comodoro. Segundo o órgão, uma caminhonete ao tentar ultrapassar uma carreta logo depois do pedágio acabou atingindo a moto onde seguia o índio, mas os ferimentos causados foram leves. “O índio foi socorrido e os ferimentos foram leves”, declarou Érica, servidora da Funai. Ela disse ainda que a cobrança de pedágio na BR continua e uma equipe da Funai acompanha de perto o bloqueio.
Os Nambiquara estão cobrando taxas de R$ 25,00 dos motoristas de carros de passeio e R$ 50,00 dos motoristas de caminhões.
O que motiva o bloqueio
Nos últimos anos os Nambiquara têm feito recorrentes bloqueios para a cobrança de pedágio na região. Segundo a Funai, a etnia desde 2010 reivindica ao governo federal ser atendida pelo sistema de saúde pública do estado do Mato Grosso, e não de Rondônia, como é feito. Ainda segundo o órgão, o pedágio que está sendo cobrando desde a tarde de ontem (terça-feira) será usado pelo grupo para custear a viagem deles até a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), em Brasília. Lá, eles pretendem resolver a questão.