A enfermeira Mariangela Correa de Arruda Volff, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vilhena, denunciou em uma de suas redes sociais, que teria sido vítima de assédio moral e humilhações públicas durante uma confraternização entre servidores e alunos, realizada recentemente na unidade de saúde. Segundo o relato da profissional, registrado formalmente em documento encaminhado à direção da UPA, o episódio ocorreu enquanto ela palestrava sobre medidas de segurança para os pacientes, quando foi interrompida por gritos e constrangimentos na frente de colegas.
De acordo com o registro de manifestação assinado pela enfermeira, a responsável técnica da unidade teria chegado exaltada, questionando o volume do som usado durante a confraternização e interrompendo a fala da profissional: “Ela me humilhou publicamente, gritando comigo na frente de todos, me deixando extremamente constrangida e abalada”, descreveu no documento oficial.
Segundo a enfermeira, a confraternização foi organizada por profissionais e acadêmicos, e cada um contribuiu com uma certa quantia em dinheiro para a realização da confraternização. Mariangela explica que uma caixinha de som com músicas de festa junina estava sendo utilizada com o volume baixo enquanto ela palestrava e em certo momento, a responsável técnica gritou com ela na frente de todos ali presentes e exigiu que o som fosse desligado. O caso repercutiu nas redes sociais.
ASSISTA:
A enfermeira relatou também em seus vídeos, que exerce dupla função na UPA sem reconhecimento ou adicional correspondente. Em seu desabafo, afirmou: “Não sou paga para ser humilhada”. Ela informou que já solicitou as imagens das câmeras de segurança para comprovar o ocorrido e que pretende acionar a Justiça, o Conselho Regional de Enfermagem (COREN) e o Comitê de Ética por assédio moral. Mariangela também registrou um boletim de ocorrência na Unisp.
Em prints enviados à redação do VILHENA NOTÍCIAS, uma outra profissional da saúde afirma que já estaria “acostumada” com os gritos da responsável técnica na frente dos colegas de profissão. Já outra profissional lamenta não ter participado da confraternização e desabafa: “sei como é ser humilhada na frente dos outros”.
A enfermeira declarou que busca apenas respeito e justiça: “Não tenho medo de me defender”. Ela afirma que teria entregue os vídeos e prints à direção e recebeu apoio de acadêmicos e profissionais que testemunharam o constrangimento.
DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA
Na manhã desta terça-feira (01), Mariangela entrou contato com a redação do VILHENA NOTÍCIAS e, segundo ela, sua demissão por justa causa teria ocorrido após a divulgação do vídeo abaixo em suas redes sociais:
Na mesma rede social, a profissional de saúde deu detalhes sobre a sua demissão:
A reportagem do VILHENA NOTÍCIAS tentou contato com a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes na manhã desta terça-feira (1), mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.