GREVE: escolas da rede estadual em Vilhena paralisam atividades por tempo indeterminado

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Os professores da rede estadual de ensino irão deflagrar greve geral em todas as unidades de Vilhena, e do estado, a partir das 00h00 de quarta-feira, dia 21 de fevereiro. O ano letivo teve início no dia 05 deste mês.

A paralisação foi decidida durante assembleia da categoria, realizada no último dia 15 de fevereiro. A greve é por tempo indeterminado.

Em conversa com a reportagem do Vilhena Notícias, o diretor do Sintero (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia), regional Cone Sul, de Colorado do Oeste, Ricardo Cláudio Alves, ressaltou que pais e alunos foram informados sobre a greve.

“A paralisação das atividades é em protesto contra a falta de reposição de perdas salariais, pelo descumprimento, por parte do governo do estado, da Lei nº 3.565/2015, que instituiu o Plano Estadual de Educação, e contra a implantação do programa de computador Gênesis 360, que está prejudicando profissionais da educação na relotação”, diz em nota o Sintero

Colégio Militar Tiradentes

Administrado pela Polícia Militar do Estado de Rondônia, mas com professores da SEDUC – Secretaria Estadual de Educação e Cultura –, a unidade também poderá ser afetada com a paralisação. A reportagem ligou para o Colégio. Segundo a direção, os alunos ainda não receberam nenhum comunicado, mas não descartou que professores do quadro da unidade podem aderir à greve.

“Um posicionamento preciso, se algum dos nossos professores irão aderir à greve, poderá ser repassado somente amanhã [quarta, 21], quando se tem início a paralisação”, comentou a direção.

Confira a íntegra do comunicado sobre a greve geral:

A partir de amanhã, dia 21/02/2018, as aulas estarão suspensas nas escolas estaduais. Isso porque os trabalhadores em educação se reuniram em assembleia na quinta-feira, dia 15/02, e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.

A paralisação das atividades é em protesto contra a falta de reposição de perdas salariais, pelo descumprimento, por parte do governo do estado, da Lei nº 3.565/2015, que instituiu o Plano Estadual de Educação, e contra a implantação do programa de computador Gênesis 360, que está prejudicando profissionais da educação na relotação.

Aprovada na Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador, a lei nº 3.565/2015 prevê o aumento gradual dos recursos destinados à educação em 1% ao ano, passando dos 25% em 2015 para 30%% até o ano de 2020, além de mecanismos que evitam o achatamento salarial dos profissionais da educação.

Além disso, o governo do estado de Rondônia não cumpre a Lei nº 11.738, de 2008, que instituiu o Piso Salarial Profissional Nacional do magistério.

Os trabalhadores em educação cobram do governo o atendimento das reivindicações apresentadas no Plano de Valorização da categoria, protocolado na Seduc e no Gabinete do governador ainda em dezembro de 2017.

O Plano de Valorização foi elaborado a partir de estudos da Lei do PEE, do PNE e da Lei Complementar nº 680/2012 (Plano de Carreira dos trabalhadores em educação), e propõe as ações necessárias para os próximos três anos, visando recuperar as perdas salariais, melhorar as condições de trabalho nas escolas e melhorar a qualidade do ensino nas escolas públicas estaduais.

Pelo menos duas reuniões já foram realizadas com os integrantes da MENP-Mesa de Negociação Permanente e com o secretário de Estado da Educação. Porém, o governo não deu sinais de que está preocupado com a situação.

A direção do Sintero destaca que o governador Confúcio Moura ainda não participou de nenhuma reunião com os representantes dos trabalhadores em educação, utilizando-se da MENP como uma espécie de blindagem para fugir do diálogo com a categoria.

Na quarta-feira, dia 21/02, a greve começará com a paralisação das atividades nas escolas e a concentração dos trabalhadores em educação nas sedes Regionais do Sintero, de onde poderão sair em passeata ou decidir por outras formas de manifestação.

 

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FONTE: Vilhena Notícias