Vendas de produtos oficiais crescem nas ligas esportivas da América do Sul

Clubes e campeonatos sul-americanos aumentam a receita com produtos licenciados, e-commerce e ações digitais com as torcidas.

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Arena esportiva

Vendas de mercadorias em ligas esportivas sul-americanas

Nos últimos anos, clubes e ligas esportivas da América do Sul começaram a enxergar melhor o valor comercial dos seus próprios produtos. Camisas, bonés, garrafas e até itens colecionáveis passaram a ocupar espaço dentro e fora dos estádios. Isso não é novidade no futebol europeu, mas agora tem ganhado força na região.

Boa parte desse movimento veio da necessidade de gerar receita sem depender apenas de bilheteria ou transmissões. O comércio digital cresceu e abriu caminhos antes inacessíveis. Aplicativos e redes sociais transformaram a relação entre clubes e torcedores. Desde que baixei o app e nunca mais usei o PC, me senti ainda mais conectado ao meu time.

Vender produtos oficiais se tornou uma das maneiras mais confiáveis ​​de se conectar com fãs ao redor do mundo, além de uma ferramenta importante para apoiar financeiramente o esporte.

O avanço das lojas virtuais dos clubes

O e-commerce esportivo se tornou uma das principais fontes de receita fora do campo. Clubes grandes e pequenos passaram a investir em lojas virtuais próprias, com catálogo atualizado e logística eficiente. A pandemia acelerou esse movimento, mas a tendência se manteve depois da retomada presencial.

Com isso, o torcedor ganhou novas opções de compra:

  • Camisas oficiais de jogos e treinos.
  • Bonés, mochilas, copos e materiais escolares.
  • Produtos de edição limitada com assinatura de jogadores.

Essa mudança também abriu espaço para colaborações com marcas do varejo e estilistas. Lançamentos especiais geram expectativa, vendem rápido e reforçam o vínculo emocional entre clube e torcedor.

A integração com plataformas de apostas e esportes em tempo real também contribuiu. Em transmissões de basquete pré-jogo com mercados variados, banners promocionais levam o torcedor direto à loja do clube. Essa conexão entre conteúdo e consumo reforça o posicionamento digital das ligas.

Experiência digital e personalização como diferencial

A venda de produtos licenciados vai além do produto em si. O que atrai o consumidor é a experiência de compra. Sites com navegação simples, pagamentos seguros e opções de personalização fazem diferença.

Muitos clubes já permitem incluir nome e número na camisa no momento da compra. Outros oferecem kits prontos com descontos para quem compra mais de um item. Isso aumenta o ticket médio e valoriza a compra.

A comunicação também é feita com base no perfil do usuário. Aplicativos e newsletters segmentam ofertas por localização, histórico de compras e preferências. Isso evita excessos e melhora o índice de conversão.

Clubes menores também lucram com produtos locais

Não são só os gigantes que lucram. Clubes regionais e de divisões inferiores também perceberam o valor de criar identidade visual forte. Com a ajuda de fornecedores locais, eles produzem camisas exclusivas, réplicas históricas e peças inspiradas em momentos marcantes.

Esses itens são vendidos em feiras, estádios e, principalmente, nas redes sociais. O investimento é baixo e o retorno é direto, já que a margem de lucro costuma ser maior com vendas diretas ao público.

O apoio da torcida é forte nessas iniciativas. A comunidade valoriza o esforço do clube em se profissionalizar e criar oportunidades de crescimento. Isso fortalece a relação e aumenta a frequência de compra.

Tendências para os próximos anos

As ligas sul-americanas devem continuar investindo em vendas diretas e presença digital. Com mais integração entre clubes e marketplaces, será possível escalar esse modelo e atingir novos mercados, inclusive internacionais.

Além disso, os clubes vão explorar outros formatos:

  • Lançamentos temáticos com base em datas comemorativas.
  • Produtos digitais colecionáveis (como NFTs de camisas e ingressos históricos).
  • Planos de assinatura com envio mensal de produtos exclusivos.

A tendência é que as vendas não dependam mais de uma temporada específica. Com ações bem estruturadas, o clube pode gerar receita o ano inteiro, com promoções, coleções limitadas e interação direta com o público.

O torcedor hoje quer mais do que torcer. Ele quer vestir o clube, mostrar apoio, colecionar memórias e fazer parte do projeto. Os clubes que entenderem isso e organizarem bem suas operações digitais terão mais força dentro e fora de campo. As vendas de mercadorias não são apenas negócio. Elas são parte da construção da identidade e do futuro do futebol sul-americano.