Documentos do próprio Governo do Estado e um depoimento do superintendente estadual de licitações desmentem o governador Marcos Rocha (PSL) e o seu secretário de Saúde, Fernando Máximo, sobre a contratação de ambulâncias para o Centro de Medicina Tropical e Hospital Regional de Cacoal para atender pacientes infectados com o coronavírus.
Denúncias do presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Laerte Gomes (PSDB), apontam possível superfaturamento na contratação dos veículos, mas o governador e o secretário de Saúde gravaram um vídeo afirmando que as denúncias não passariam de Fakenews e garantiram, com todas as letras, que o Governo não fez tal contratação.
De fato, não fez porque os deputados estaduais denunciaram e a imprensa divulgou, mas documentos que chegaram a alguns gabinetes da Assembleia Legislativa mostram que o Governo chegou a elaborar até um contrato para a aquisição das ambulâncias.
FALTOU COMBINAR
O governador Marcos Rocha e o secretário Fernando Máximo se apressaram a atacar alguns sites de notícias que publicaram a denúncia dos deputados de possível superfaturamento na locação das ambulâncias no valor de R$ 3.383.519,70
e desmentiram que o estado tivesse tomado tal providência, mas as duas autoridades esqueceram de combinar esta versão com o superintendente estadual de licitações, Márcio Rogério Gabriel, que, em depoimento gravado, desmentiu a dupla.
Na Assembleia, o superintendente disse que o processo de chamamento público com base no decreto de calamidade assinado pelo governador foi aberto e que só duas empresas se habilitaram a fornecer as ambulâncias mas, como houve a denúncia, tratou de anular o certame.
PRISÃO DO SECRETÁRIO
Nesta altura do depoimento, o presidente da Assembleia, Laerte Gomes, advertiu o superintendente que se o resultado final do certame fosse homologado, o secretário Fernando Máximo acabaria preso.
Fonte: Tudorondonia