Produtividade do café conilon cresce em Rondônia, mas preço preocupa agricultores

Colheita no estado está começando. Embrapa investiu em melhorias na lavoura.

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Foto: Vitor Jubini/Gazeta Online

Quando o assunto é café, normalmente se pensa em regiões de clima fresco, do Sul e do Sudeste do país. Mas o Brasil também tem cafezais na Amazônia, em Rondônia. A colheita está no começo, e o preço preocupa os agricultores.

Na safra passada, a produção no estado chegou a 1,9 milhão de sacas. Agora, vai ser um pouco maior. Este ano, Rondônia deve colher mais de 2 milhões de sacas de café. O estado se destaca na produção da espécie conilon, é a terceira maior do Brasil, perdendo apenas para Espírito Santo e Bahia.

Na propriedade de Anderson Bucher, que fica em Alta Floresta do Oeste, os pés estão carregados e no ponto da colheita. O trabalho já começou, e ele está otimista.

“Esta safra está com expectativa boa, porque está rendendo mais do que no ano passado. Porque este ano não deu aquele ponteiro que eles falam, deu um café mais granado.”

Nos últimos anos, Rondônia investiu bastante em pesquisa com plantas clonadas. Isso já fez a média de produtividade saltar de 8 sacas por hectare para 31 sacas. E, atualmente, a Embrapa pesquisa plantas híbridas que podem produzir até 150 sacas por hectare.

“Melhoramos as cultivares de café, melhoramos o manejo das lavouras e, com isso, tivemos um aumento de produção dentro da mesma área”, explica o agrônomo Marcelo Curitiba.

A melhoria nas lavouras ainda não se traduz em preço neste início de safra. No ano passado, a saca chegou a ser vendida a R$ 320. Agora, o valor é bem menor, está em torno de R$ 260.

A colheita do conilon deve seguir até agosto.

Fonte: Globo Rural