
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou resolução que proíbe a venda, sem receita em farmácias, dos medicamentos cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida e ivermectina. As orientações sobre a comercialização desses produtos estão na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 405/2020, publicada nesta quinta-feira, 23 de julho, no Diário Oficial da União.
A medida poderá ser revista a qualquer momento e novos medicamentos podem ser incluídos, caso seja necessário, diz a agência. A resolução será revogada automaticamente a partir do reconhecimento, pelo Ministério da Saúde, de que não mais se configura a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.
A decisão, segundo a Anvisa, visa impedir a compra indiscriminada de medicamentos que têm sido amplamente divulgados como potencialmente benéficos no combate à infecção pelo novo coronavírus, embora ainda não existam estudos conclusivos sobre o uso desses fármacos para o tratamento da doença. Portanto, a partir de agora, a compra desses produtos em farmácias e drogarias será permitida apenas mediante apresentação da receita médica em duas vias. Cada receita terá validade de 30 dias, a partir da data de emissão, e poderá ser utilizada apenas uma vez.
A medida visa também garatir os estoques destinados aos pacientes que já têm indicação médica para uso desses produtos, uma vez que os medicamentos que constam na resolução também são usados no tratamento de outras doenças, como malária (cloroquina e hidroxicloroquina), artrite reumatoide, lúpus e outras (hidroxicloroquina), doenças parasitárias (nitazoxanida) e tratamento de infecções parasitárias (ivermectina). A reportagem completa sobre a resolução da Anvisa pode ser lida no portal UOL.
Neste mês de julho, a Prefeitura de Vilhena (RO) iniciou a distribuição em massa do vermífugo ivermectina para os servidores públicos que atuam na saúde do município como forma preventiva de combater a covid-19. O fármaco é um clássico usado para piolho e sarna e no tratamento de vários tipos de infestações por parasitas.
Em Vilhena, prefeitura distribui clássico remédio usado contra piolho e sarna para evitar Covid-19
Segundo a prefeitura, a distribuição só é feita aos servidores após avaliação médica.
O médico e vice-diretor clínico do Hospital Regional de Vilhena, André Oliveira, defende o uso do medicamento. Ele explica que o “procedimento com cada paciente envolve avaliação do histórico de saúde, avaliação ambulatorial, prescrição e orientação quanto ao uso do remédio.
“Sabemos, através inclusive de manifestação recente da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que não existe estudo que comprove nem que refute a eficácia da ivermectina contra a covid-19. No entanto, fatores observacionais podem indicar que o remédio ajude a prevenir a disseminação do vírus no corpo e, visto que não tem efeitos colaterais graves, não haverá risco de saúde para aqueles que adotarem este tratamento prévio”, explica André.