CARNE DE MARMOTA: Mongólia isola fronteiras para evitar que peste negra se espalhe, dizem jornais

Na idade média a peste negra foi disseminada por ratos e era altamente transmissível.

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Autoridades de saúde da Mongólia confirmaram, nesta sexta-feira (3/7), dois casos de peste bubônica, doença que pode matar em cerca de 24 horas e dizimou milhares de pessoas durante a Idade Média, sendo conhecida também como peste negra. As informações são de vários veículos internacionais.

Segundo o jornal Daily Mail, a região de Khovd foi totalmente isolada e colocada em quarentena desde a quarta-feira passada, quando os dois casos ainda eram uma suspeita. As pessoas são proibidas de deixar a área, incluindo turistas. Jornais locais afirmam que os pacientes são dois irmãos.

Aproximadamente 500 pessoas com algum tipo de relação com os dois pacientes foram identificados e serão testados para ver se também contraíram a Yersinia pestis, bacilo causador da peste bubônica, informa o The Sun.

As autoridades mongóis acreditam que a infecção se deve ao consumo de carne crua de marmota. Mesmo com as orientações que o consumo seja evitado, parte da população do país mantém esse hábito por acreditar que a ingestão de algumas partes do animal faz bem à saúde.

Foi a carne de marmota que gerou um episódio semelhante em 2019, levando ao fechamento da província de Bayan-Ulgii.

A CURA

A peste negra é uma doença pulmonar causada pela bactéria Yersinia pestis; recebeu este nome por ter como um dos sintomas o aparecimento de manchas negras sobre o corpo. A princípio os sintomas aparecem em torno de 3 a 7 dias, apresentando tipicamente febre, cefaleia, fadiga, enjoos, vômitos e convulsões.

Os sintomas iniciais de peste bubônica aparecem 7-10 dias após a infecção. O diagnóstico precoce permite que a peste negra seja curada com antibióticos. Sua taxa de mortalidade é 20%. Se não for tratada rapidamente, a peste negra pode ser fatal.

Durante a época medieval, estima-se que a peste negra matou 50 milhões de pessoas.