
O desaparecimento de um menino de seis anos em Belém (PA) terminou de forma trágica. O corpo da criança foi encontrado dentro de uma mala preta deixada em frente ao Cemitério da cidade e o principal suspeito acabou morto por populares antes mesmo de ser ouvido pela polícia.
Paulo Guilherme da Silva Guerra havia desaparecido na noite de domingo (26), depois de sair para brincar nas proximidades da casa da avó. A família iniciou as buscas logo nas primeiras horas, mobilizando vizinhos e publicando fotos nas redes sociais. No dia seguinte, uma moradora notou uma mala abandonada em frente ao cemitério e, ao abri-la, se deparou com o corpo do menino.
O local rapidamente foi cercado por curiosos e, pouco depois, pela polícia. A perícia confirmou que o corpo era de Paulo Guilherme, mas ainda não determinou a causa exata da morte. Não havia sinais visíveis de violência, e o resultado do laudo necroscópico deve esclarecer a causa da morte.
Horas após o corpo ser encontrado, moradores da região apontaram como suspeito um homem identificado como George Hamilton dos Santos Gonçalves, de 44 anos, que vivia em situação de vulnerabilidade e era conhecido por recolher materiais recicláveis no bairro. Ele teria sido visto empurrando um carrinho de mão com uma mala semelhante à usada para ocultar o corpo.
Revoltados, moradores se reuniram e passaram a procurar o suspeito. George foi localizado em uma rua próxima e acabou sendo brutalmente agredido e morto. Ele tinha antecedentes por estupro de vulnerável, segundo a Polícia Civil, mas nenhuma prova técnica confirmava sua participação direta no assassinato do menino.
O linchamento impediu que a polícia obtivesse informações cruciais sobre o crime. O delegado responsável pelo caso, afirmou que a investigação se tornou mais difícil:
“Agora dependemos exclusivamente da perícia. A violência coletiva não nos traz justiça, apenas destrói a chance de descobrir a verdade.”
A Polícia Científica do Pará aguarda os resultados do exame cadavérico e de DNA. O celular do suspeito, que poderia conter imagens ou mensagens relacionadas ao caso, ainda não foi encontrado. A Delegacia de Homicídios segue colhendo depoimentos e tentando rastrear os últimos passos da vítima.
 
            



